(por Ruth Bolognese) – Há um vácuo de liderança nos governos estaduais, bem maior do que o buraco de ozônio. O exemplo mais recente: o aumento da gasolina, decretado nessa semana, enfiou diretamente a mão do governo Temer no nosso bolso e nenhum dos governadores reclamou, como se administrassem algum estado no Peru.
Quando a gente elege um governador tem em mente que ele administre o Estado com eficiência e que nos represente politicamente. E, acima de tudo, tome as nossas dores junto ao governo federal.
Mas, não. O governo Temer faz e desfaz como se o país fosse a casa da sogra dele, com o único objetivo de ficar no trono (para quê, também não se sabe). E além dos opositores de sempre, Governador nenhum se levanta pra dizer um ‘’a’’. E não se fala apenas no nosso Beto Richa, que esse só abre a boca pra pedir o filtro solar. O silêncio de todos eles é constrangedor.
Já passou da hora de algum Governador tomar a iniciativa de ligar para os outros e começar a formar uma dessas frentes amplas da vida que tiveram seu papel em fragilidades políticas de outrora. Aos menos para deixar claro que um ancião de São Paulo, vaidoso, repudiado e gravado, não pode transformar a instituição “Presidência da República” num self-service para ser chamado de Presidente. E, ainda por cima, usar dinheiro público para as patacoadas.
Se os governadores não se mexerem, quem vai falar por nós em Brasília? Os parlamentares em quem votamos? Só rindo…