Tarifa de ônibus em Curitiba sobe de R$ 4,50 para R$ 5,50

A tarifa de ônibus de Curitiba será reajustada a partir da zero hora desta terça-feira (01/3). Trata-se do primeiro aumento desde fevereiro de 2019. A passagem do usuário de Curitiba terá aumento de R$ 1, passando de R$ 4,50 para R$ 5,50.

O valor do reajuste (22%) é o mínimo possível para manter a sustentabilidade do sistema frente ao forte aumento dos custos relacionados ao transporte, que subiram muito acima da média da inflação desde 2019. O diesel, por exemplo, acumula alta de 76%, enquanto o biodiesel subiu 131%. Além da inflação, a redução no movimento de passageiros causada pela pandemia é outro fator de forte pressão para o sistema.

A chamada tarifa técnica, que representa o custo real por passageiro e é pago pelo município às empresas de ônibus de forma a manter o sistema em operação, subiu 32% desde 2019 e está atualmente em R$ 6,36. A projeção da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o transporte coletivo na cidade, é que a tarifa técnica terá variação entre R$ 6,36 e R$ 7,20 até fevereiro do próximo ano.

Apesar desses custos, a Prefeitura vai manter a prática da tarifa social, que é o valor efetivamente pago pelos passageiros (e inferior à tarifa técnica). É uma forma de minimizar o impacto do custo do transporte no orçamento dos usuários.

Os R$ 5,50 devem representar um valor entre entre 13% e 23% mais baixos do que a tarifa técnica ao longo de 2022.

A diferença entre a tarifa do usuário e a tarifa técnica será bancada por meio de subsídio do Poder Público – prática usual no setor em todo o mundo – e que tem com objetivo não onerar muito os passageiros transportados.

A Prefeitura e o governo do Paraná estão formalizando um convênio – a ser assinado em março – que prevê o aporte de R$ 60 milhões por parte do Estado e de R$ 97 milhões da Prefeitura para bancar a tarifa social.

A soma desses valores cobre o déficit projetado para o sistema em 2022 – ou seja, R$ 157 milhões – e garante o funcionamento, dentro do habitual padrão de qualidade e integração do transporte da capital ao longo do ano.

“Mantivemos a tarifa congelada desde 2019, inclusive nos últimos dois anos de pandemia. Agora, fizemos um esforço realmente muito grande para minimizar o impacto do reajuste no bolso do passageiro mesmo com a alta brutal dos custos”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs.

“Conseguimos limitar o aumento a R$ 1, com o subsídio e o compromisso de manter uma tarifa social para o passageiro no menor nível possível”, completa. (SMCS).

 

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