Sistema tributário é um “manicômio”, diz Hauly

Extinção de nove impostos e tributos. Criação de outros dois. Fusão do Imposto de Renda com a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Instituição de uma plataforma eletrônica de cobrança tributária. Desoneração de impostos sobre máquinas e equipamentos. Imposto zero para alimentos, remédios e crédito bancário. Essas são as principais mudanças previstas pelo relator da reforma tributária, deputado Luiz Carlos Hauly, do PSDB do Paraná.

Em entrevista ao Congresso em Foco, Hauly chama de “manicômio jurídico” o atual sistema tributário brasileiro. Para ele, a reforma tributária deveria ser votada antes da previdenciária. “A reforma da Previdência é importante, mas a tributária é dez vezes mais importante”, considera. “Vai tornar o sistema mais justo e fraterno”, acrescenta.

O relator critica o atual modelo tributário, que cobra mais imposto de quem ganha menos. De acordo com o deputado, a ideia é inverter a lógica: cobrar mais de quem tem maiores rendimentos e menos de quem tem vencimentos menores. “Hoje uma pessoa com renda de dois salários mínimos no Brasil chega a pagar 53,9% de impostos direto e indireto e quem ganha acima de 30 salários mínimos paga 29%”, compara. “Vamos cobrar um pouco mais de quem ganha mais e menos de quem ganha menos.”

3 COMENTÁRIOS

  1. Prezado Celso Nascimento:
    O trabalho do nobre parlamentar paranaense acerca do tema no Congresso Nacional (Reforma Tributária), tendo ocupado o cargo de Secretário de Estado da Fazenda em dois momentos, é louvável e competente; contudo, a expressão “manicômio jurídico” como referência ao Sistema Tributário Nacional é, em verdade, de autoria do maior nome do Direito Tributário no Brasil, o jurista gaúcho Alfredo Augusto Becker, falecido em 1994. O jurista em tela denominou o item 1 da Primeira Parte (Introdução) de seu livro (clássico) “Teoria Geral do Direito Tributário” (1ª edição em 1963) com o seguinte subtítulo: ‘MANICÔMIO JURÍDICO TRIBUTÁRIO”.

  2. O Brasil, apesar de há quase 130 anos ter acabado com a escravidão, continua a escravizar seus trabalhadores 4 meses por ano – pagamento de altos impostos –, ou seja, durante quatro meses do ano trabalhamos gratuitamente para sustentar os ASPONE`s do Governo e os desocupados que se encostam em bolsas esmolas.

    Em vez de beneficiar com menos impostos micros e pequenos empreendedores para que possam ver seus negócios prosperarem, gerarem empregos e melhorar a vida dos trabalhadores, arranca o couro desses empresários (que, assim, não conseguem, sequer sobreviver, quanto mais gerar empregos), para sustentar aqueles que preferem ganhar uma esmola todo mês em vez de trabalhar e ter uma vida melhor.

    No Brasil, em vez de ensinar os mais necessitados a pescar um tubarão, prefere-se dar um lambarizinho todo dia primeiro de cada mês.

    Essa reforma tributária é questão se sobrevivência da Nação, caso contrário, o Brasil estará fadado à falência.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui