República de Maringá no comando da Fazenda

República de Maringá no comando da Fazenda
José Luiz Bovo com o ex-prefeito de Maringá Roberto Puppin, Cida Borghetti e Ricardo Barros.

Ex-secretário da Fazenda da prefeitura de Maringá na gestão do primeiro-cunhado Silvio Barros, José Luiz Bovo foi convidado por Cida Borghetti para ser secretário estadual da Fazenda. Fontes palacianas, no entanto, informam que ele não assumirá imediatamente – quer saber, primeiro, em que chão vai pisar antes de assinar o livro de posse. Será mais um membro ilustre da República de Maringá a comandar o Paraná.

Os primeiros dias do novo governo trouxeram revelações inesperadas, tanto em relação à real situação financeira do estado como, sobretudo, à própria administração da secretaria, que esteve nas mãos de Mauro Ricardo Costa durante toda a última gestão de Beto Richa. As informações que correm não são boas, conforme já registrou este Contraponto.

A implantação apressada de um novo sistema de controle de dados de receita e despesa em substituição a outro que funcionava satisfatoriamente há muitos anos – para usar a palavra de um servidor da pasta – “bagunçou” os controles. O novo sistema não “conversa” com o antigo e a migração dos dados de um para outro gerou um nível inusitado de caos.

Cida determinou a criação de uma força-tarefa que vai tentar manualmente recolocar as coisas em ordem e daí saber o que fazer – provavelmente com a volta ao funcionamento pleno e exclusivo do velho software. Sem isso, a gestão da secretaria será praticamente inadministrável e impossível também ter uma radiografia exata da situação financeira do estado.

José Luiz Bovo quer assumir a secretaria da Fazenda apenas depois que o secretário interino, George Hermann, diretor-geral que serviu à gestão do amigo Mauro Ricardo, vá à Assembleia Legislativa fazer a prestação de contas do primeiro quadrimestre, no mês de maio. A prudência de Bovo em não assumir imediatamente a secretaria da Fazenda conta com a compreensão de Cida Borghetti – que também prefere não se embrenhar e se perder na selva deixada pelo ex-secretário.

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