Reforma de Ratinho cria mais cargos e aumenta despesa

A Reforma Administrativa proposta pelo governo Ratinho Jr foi reprovada na primeira avaliação. Deputados estaduais apontaram uma série de furos naquela que era a principal peça da campanha do candidato do PSD. Inconsistências na legislação, nas estruturas das pastas e dúvidas sobre a real redução de cargos e custos moveram os parlamentares a procurar o líder do governo, Hussein Bakri, que anunciou que o Executivo já prepara um substitutivo geral.

Um dos estudos que chegaram às mãos de Bakri foi feito pelo deputado de primeiro mandato, Soldado Fruet. O parlamentar de Foz do Iguaçu apresentou um levantamento minucioso, com dados e informações do Portal da Transparência e da legislação, comparando os cargos em comissão, funções gratificadas e salários atuais com o quadro proposto na reforma administrativa. E o resultado é preocupante.

Por exemplo, há de fato a redução de 21 secretarias para 15 secretarias, porém há ampliação dos cargos AE1 (R$ 23,6 mil), que possuem salários iguais aos de secretários de estado, de oito para nove.

Também serão criadas 12 superintendências com salários de R$ 22 mil reais, cargos que não existem atualmente. A reforma estabelece ainda 17 diretorias gerais com salários de R$ 18,5 mil, muito superiores aos vencimentos atuais (R$ 12,6 mil).

Outra novidade da reforma são os cargos DD1 que não existem hoje em dia. Serão 21 diretorias com salários de R$ 15 mil. É verdade que há a redução de 25 cargos DAS1 (R$ 10,9 mil), porém esses são compensados com a criação de 82 DAS2 ( R$ 9,6 mil).

Pelo levantamento do Soldado Fruet, realizado apenas cruzando informações de cargos em comissão e funções gratificadas, a reforma administrativa da forma como foi proposta aumenta em mais de R$ 10 milhões por ano os gastos com salários de servidores.

8 COMENTÁRIOS

  1. Não é uma caixa de surpresa, verdadeiro engodo bem arquitetado. Fantasias e ilusões, truques, porém, articulado para sangrar as veias abertas do estado, melhor dizendo do povo. Um mal começo, imaginem o fim do enredo, ingenuidade ou esperteza de mais. Urgente, temos de vigiar os passos sorrateiros com timbres de fundações, que já desperta desconfiança.

  2. Soldado isso é uma ordem . Investigue os funcionários de um certo ex deputado federal lotado aí neste poder . Vai achar coisas aí hein … qualquer dúvida anote no quadro negro .

  3. Eram 19 as secretarias de fato. Foram extintas 3 e suas funções fundidas em outras. A Seti foi transformada numa Superintendência Geral. Então sobraram 15(salario de 23.500).
    O governador seguindo a tal Fundação Cabral que levou meses para dizer algo e parece que não disse nada, sugeriu a criação de 12 Superintendências que terão funções de secretarias, porque terão função de planejamento, coordenação e execução, alem de serem os Superintendentes “ordenadores de despesa”. Todos terão salário próximo de secretario(coisa de 22.500)
    Já existiam 7 cargos de estrutura elevada AE1 – assessores especiais do governador -com salários de secretário(23.500), parece que criaram mais um, são 8 então.Dureza saber do que se trata a tal reforma.Parece que a Fundaçao Cabral deixou a desejar.Ou não, porque um dos membros da Fundação Cabral já se arvorou pelas bandas do Tecpar – é o presidente!

  4. Não há vento favorável para barco que não tem porto de destino.
    Muita conversa e muita divagação sobre o tema estrutura do governo. Consultores diferentes de fora, e da própria equipe para elaborar propostas sobre temas dependentes um do outro. Não percebi de nenhuma das partes, uma posição clara sobre o papel do estado. Onde intervir ? De que forma ? O único fato é que vão surgindo tratativas distintas para decisões que há muito são prometidas e reclamadas. Qual é o rumo ?

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