Reajuste do Judiciário sai junto com o fim do auxílio-moradia

O presidente Michel Temer disse a interlocutores que vai sancionar até quarta-feira o reajuste salarial para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informa o jornal O Globo. O percentual é de 16,38%, como foi aprovado no início do mês pelo Senado, e deve incidir nos contracheques de todos os juízes do país a partir de 2019.

Em troca, como ficou acertado entre a cúpula do Judiciário e o Palácio do Planalto, o STF deve restringir o pagamento do auxílio-moradia dos magistrados, para compensar o impacto nos cofres públicos. Essa decisão deve ser tomada nos próximos dias e deverá entrar em vigor junto com o reajuste.

Já para evitar que o reajuste não azede a relação do Judiciário com o governo de Jair Bolsonaro, que vai pagar a conta da medida, o presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli, conversou sobre o assunto na última terça-feira com o futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes. Toffoli apresentou argumentos para reforçar a necessidade do reajuste. O principal foi o de que diversas categorias do poder público receberam reposição salarial em 2016, mas o Judiciário ficou de fora. Por isso, teria salários defasados.

O presidente do STF garantiu a Guedes que o fim do auxílio-moradia vai compensar os gastos com a folha de pagamentos do Judiciário. A conversa ocorreu em um almoço oferecido pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha. Também na semana passada, governadores foram ao tribunal falar com Toffoli sobre o reajuste. Eles estão preocupados porque o pagamento dos juízes estaduais sai dos cofres dos estados, que já estão em situação de penúria mesmo antes do reajuste.

1 COMENTÁRIO

  1. O tal efeito cascata …

    Não afetará o funcionalismo do Poder Executivo do PR, ao contraŕio do que andam generalizando por aí !
    .
    O funcionalismo do Poder Executivo do Paraná (e só eles), está há 35 meses com os mesmos salários, apesar de tudo ter aumentado e muito, nesse longo período !

    Que Brasil é esse: tão abundante e tão injusto com uns e outros !

    São quase 15% de defasagem salarial (perda do poder aquisitivo) e 2 salários de perda (massa salarial) !

    Com a palavra a governadora CIDA BORGUETTI !

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