Operação Integração II – Paraná cara-a-cara com o pedágio

(por Ruth Bolognese) – A Operação Integração II mostra as entranhas do funcionamento do pedágio no Paraná e explica porque as tarifas mais caras do mundo resistiram durante 21 anos, ou seja, até agora, sem nenhuma queda nos preços e tantos prejuízos causaram à economia e aos produtores, transportadores e consumidores do estado.

Uma política de estado, durante os últimos 8 anos, aparelhou um esquema com as 6 concessionárias do Anel de Integração – Econorte, Ecovia, Rodonorte, Viapar, Caminhos do Paraná e Ecocataratas – de doações para campanhas eleitorais e propinas para interesses pessoais que nenhuma campanha contra o pedágio no Paraná e nenhuma revolta popular seria capaz de vencer.

Tudo comandado pelo próprio governador Beto Richa , pelo irmão Pepe Richa e por altos assessores do Palácio Iguaçu, segundo o Ministério Público Federal. Enquanto criticava os aumentos do pedágio e argumentava que os contratos firmados com as concessionárias impediam qualquer mudança no sistema das rodovias federais repassadas para o controle do Paraná, o governador Beto Richa se beneficiava indiretamente dos aumentos.

Para dar seriedade ao festival de maracutaias que se estruturou nos últimos 20 anos, o governador Beto Richa chegou a criar a Agepar – Agência Reguladora do Paraná – e nomeou pessoas apontadas por entidades produtoras e experientes no setor de transporte. A função da Agepar, como o próprio nome diz, era o de regular os aditivos contratuais das concessionárias, fiscalizar os aumentos e trabalhar para que a sangria diária do pedágio aumentasse ainda mais o “custo Paraná”. A Agepar, segundo os depoimentos dos envolvidos, se rendeu às facilidades oferecidas pelas pedageiras.

A Operação Integração II, com seus detalhes tenebrosos vai fazer com que, finalmente, a população do Paraná se encontre, cara-a-cara com o roubo a que foi submetida durante 21 anos nas principais vias de transporte do estado.

4 COMENTÁRIOS

  1. E pensar que uma das bandeiras eleitorais de Beto Tico Tico,foi a de chamar as concessionárias para conversar e segundo ele próprio dizia,ou cumpre as obras que constam em contrato ou abaixem as tarifas do pedágio,e agora se vê que era tudo mentira e enganação para com o povo do Paraná,somente discurso eleitoreiro e nada mais,este cidadão sem dúvidas nenhuma merece imediatamente ser preso,a meu ver é um criminoso e o mais agravante é o chefe de todo o esquema,colocando pessoas de sua maior confiança para gerenciar das maracutaias.

  2. D Ruth , de novo, aquele vício de fazer de conta que é uma surpresa o que ocorre.

    O início do texto ja tras a pista da cumplicidade entre os agentes: foram 21 anos mamando. E parece que o mesmo MP que viu num triplex tabajara motivos para encanar o Lula, passeou pelas estradas pedagiadas do Paraná, anos a fio, sem se perguntar por que era tão caro.

    E basta air a Sãio Luiz\ do Purunã pra descobrir isso ou ate Caiobá. Pura matemática. E os jornalistas parceiros dos tucanos no PR pularam esta matéria.

    Para aqueles mais lenientes com a corrupção tucana , tipo o power point e a familia, se for de Floripa a São Paulo vai gastar o mesmo que uma ida a Paranaguá.

    Se isso nunca despertou vontade de investigar e foi preciso uma “delação” , pergunto: pra que que eu pago o salario desta tropa de inúteis? É so pra perseguir o PT que eles servem? Pegar um tucaninho sequer precisa de tanto tempo?

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