Ao ser perguntado pelos repórteres da Gazeta do Povo sobre um líder a quem devota admiração, o ex-senador Osmar Dias (PDT) foi pronto na resposta: Barak Obama, o ex-presidente do Estados Unidos que ao durante de seus oito anos de governo lutou pela paz e até ganhou o Prêmio Nobel por sua atuação nesse sentido.
Ao longo, porém, da entrevista que fechou a série de sabatinas promovida pelo jornal com os pré-candidatos ao governo do estado, Osmar Dias foi o único que se aproximou mais de outro estadista famoso, Winston Churchill, que disse ao povo inglês durante a guerra contra Hitler que não poderia prometer outra coisa senão “suor, sangue e lágrimas”.
Ao evitar promessas fáceis de grandes realizações em sua gestão caso seja eleito, Osmar Dias frisou que vai dedicar os primeiros tempos de sua administração a um pesado enxugamento da máquina pública e à recuperação das finanças, combatendo gastos, recompondo o pré-falimentar sistema previdenciário dos servidores, acabando com privilégios, altos salários e não admitindo para postos-chave se não técnicos nas respectivas áreas, sem interferências e indicações políticas.
Mais: quer diálogo com os professores e com o funcionalismo em geral, mas foi claro – não será possível recompor a curto prazo as perdas salariais sofridas nos dois últimos anos pelo congelamento imposto pelo governo Beto Richa. Mas disse que se sentará com todas as categorias e mostrará que a perspectiva de recuperação só será possível mediante parcelamento ao longo de vários anos. “O Paraná, assim como o Brasil, não saiu da crise”, disse.
Em outro trecho da entrevista deixou claras duas prioridades: industrialização para aproveitar melhor o potencial agropecuário do estado, e educação – neste caso seguindo o exemplo de outro guru que citou pelo menos cinco vezes, Leonel Brizola, que, como governador de dois estados (Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro) investiu na construção de escolas e na educação integral, primeiro passo para vencer a violência.