Como ambas as partes não aceitavam fazer campanhas conjuntas, já que pertencem ao mesmo expectro político-governista no Paraná, o candidato Ratinho Jr. (PSD) acabará sendo o mais prejudicado dos candidatos ao governo do estado. O ministro Ricardo Barros já decidiu que não permanecerão nas estruturas do governo todas os indicados do seu grupo político.
Ocupou a secretaria e de Desenvolvimento Urbano por três anos, período em que se dedicou a nomear os seus para ocuparem postos estratégicos no governo Cida – isto é, tinha esperança de que em quase todos os municípios permaneceriam nomeadas as mesma pessoas que dele indicou para ocupar postos estratégicos da capital e no interior – um enorme exército que, ainda com a caneta mão, poder-lhe-ia ser útil durante a campanha como cabos-eleitorais.
Ricardo Barros e Cida acabaram com essa alegria. Não ficará pedra sobre pedra. Todos serão exonerados e substituídos por gente da escolha do casal tão logo ela assuma o Palácio Iuguçu em 8 de abril. Dependendo do “estrago” feito na estrutura que montou ao longo dos três anos em que ocupou a secretaria, Ratinho poderá concluir que enfrentará grandes dificuldades para levar à frente sua candidatura o governo estado tendo de enfrentar a própria Cida (que estará com a caneta cheia), a avassaladora disposição de Ricardo Barros pra atrair os grandes partidos e de “roubar” de Ratinho a multidão de prefeitos que ele achava ter conquistado. Sem contar que não lhe será fácil competir (num debate, por exemplo) com Osmar Dias.
Vai observar o cenário por mais algumas semanas, e, se for o caso, mudar de planos: preferirá a reeleição à Assembleia com votação recorde e transformar-se no seu próximo presidente. Pode também buscar agasalho tanto com Beto Richa quanto Osmar Dias para se lançar candidato a senador numa das duas chapas.