Marcelino, taxi e funerária

Agentes funerários e taxistas são também eleitores. É deles (ou graças também a eles) que o vereador Jairo Marcelino consegue repetir indefinidamente o seu mandato. Atualmente exerce o de número 9. Para fazer jus ao apoio dos motoristas de taxi, ele acaba de apresentar projeto que limita o número de veículos de Uber, Cabify ou outras plataformas em operação em Curitiba à metade da frota de táxi, que atualmente é de 3 mil placas.

Isto é, se aprovado, o projeto vai proibir que circulem em Curitiba mais do que 1.500 carros a serviço dos polêmicos aplicativos. Segundo ele, o número de Uber’s e Cabify’s já supera em cinco vezes o de taxis, “tornando-se uma concorrência desleal”.

O projeto entra na esteira do decreto baixado semana passada pelo prefeito Rafael Greca regulamentando os serviços de transporte individual por meio de aplicativos.

 

1 COMENTÁRIO

  1. Esse projeto do Jairo Marcelino serve apenas para agradar à classe dos taxistas. Oras, se ele se elege com o voto desta classe, deve estar fazendo política para favorecê-los. Mas me pergunto o porquê de não criar projetos para que possa melhorar o serviço, os custos e as condições para os motoristas? Porque não acabar com as Centrais de Táxis e os donos de placas que exploram os motoristas? Parece que eles estão muito preocupados com a concorrência e não conseguem pensar em propor mudanças que melhorem seus próprios postos de trabalho. Não seria melhor legislar à favor da classe de uma maneira que privilegiasse a população? Afinal, organização, custos menores e um serviço de melhor qualidade faria bem à classe, à cidade, à população e à concorrência. Mas será que o vereador está pensando no povo ou apenas em agradar àqueles que o levaram a nove mandatos consecutivos?

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