Maços de dinheiro são apreendidos em operação contra fraudes em licitações da Sanepar

A Polícia Federal apreendeu nesta sexta-feira (13) maços de dinheiro durante uma operação deflagrada contra o pagamento de propinas e fraudes em licitações da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).  As apreensões ocorreram em dois endereços de Curitiba.

Notas de moedas estrangeiras e dezenas de pen drives também foram apreendidos, segundo a PF. A polícia não informou onde estava o dinheiro. Disse apenas que a quantia total e a origem do dinheiro ainda serão levantadas.

Providências – A Sanepar informou que está à disposição da PF para qualquer esclarecimento e informação. Ainda ressaltou que a atual gestão não compactua com qualquer ato de corrupção.

A companhia também disse que tomará todas as providências para apurar, internamente, os fatos e possíveis condutas envolvendo empregados e fornecedores.

Águas Claras – Segundo a PF, a ação recebeu o nome de Operação Águas Claras e apura crimes ocorridos entre 2011 e 2015. À época, Mounir Chaowiche era diretor da Sanepar e, em 2015, foi presidente da companhia. O G1-Paraná informa que  entrou em contato, mas ele não se pronunciou sobre o caso.

O valor da propina paga, conforme a PF, se aproxima de R$ 1 milhão. Os agentes não divulgaram o nome das empresas que estão sendo investigadas.

No caso das licitações, a empresa investigada realizou contratos que chegam a R$ 50 milhões.

A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Cascavel, no oeste do Paraná, e seis na capital. As buscas foram feitas em casas de dois empresários, de funcionários e de ex-funcionários da Sanepar.

Vantagens indevidas – A operação investiga fraudes em licitações de obras de esgoto. Segundo a PF, representantes de uma empresa pagaram R$ 700 mil a um funcionário da companhia, em troca de vantagens indevidas.

As investigações também apontaram supostos pagamentos de propina no valor R$ 200 mil pela mesma empresa para a Sanepar. O montante foi disfarçado como se fosse investimento em publicidade e patrocínio, segundo a PF.

“A suposta propina teria sido solicitada não diretamente como vantagem indevida, mas como lançamento de publicidade, e as empresas não investiriam nesse patamar com publicidade,” disse o delegado Sérgio Ueda.

(Com informações e foto do G1-Paraná).

 

6 COMENTÁRIOS

  1. Este é o verdadeiro esgoto, enquanto estiver nas mãos de políticos estas cenas serão rotinas. Ainda criticam operações que combate o crime destas organizações
    A impunidade é o fermento dos desvios de conduta

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