Grandes empresas pagam guerra eleitoral pelo WhatsApp

Na confissão da senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, o PT subestimou o poder do WhatsApp e este foi um dos motivos tanto do baixo desempenho do seu candidato, Fernando Haddad, como do crescimento – agora quase impossível de ser revertido – do adversário Jair Bolsonaro. Mas o uso do aplicativo de mensagens não era coisa de grupos de amigos – mas algo profissional. Sistemas de disparo foram comprados por empresários simpatizantes do ex-capitão e fortunas estão sendo gastas em  pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT.

Um dos patrocinadores do esquema seria o dono das Lojas Havan, Luciano Hang, que desmente. Disse que não precisa usar este recurso para viralizar as gravações que faz em favor de Bolsonaro.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, cada contrato com empresas especializadas em fazer os disparos de mensagens para centenas de milhões de celulares custa R$ 12 milhões. Para a última semana que antecede a votação de 7 de outubro, a previsão é que o sistema seja utilizado ainda mais maciçamente.

O PT protesta. Diz que os gastos feitos desta forma por empresários caracteriza crime de caixa 2. A prática é ilegal por se tratar de uma doação indireta de campanha, o que é proibido pela legislação, principalmente porque usam bases de dados de terceiros, e não de listas orgânicas de apoiadores.

Pelo menos quatro grandes empresas do setor – Quickmobile, a Yacows, Croc Services e SMS Market – estão contratadas para prestar o serviço. Seus preços variam de R$ 0,08 a R$ 0,12 por disparo de mensagem para a base própria do candidato e de R$ 0,30 a R$ 0,40 quando a base é fornecida pela agência.

As bases de usuários muitas vezes são fornecidas ilegalmente por empresas de cobrança ou por funcionários de empresas telefônicas.

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