Governo do Paraná ignora o lado criminoso da fronteira

(por Ruth Bolognese) – A Polícia Rodoviária Federal apreendeu hoje na BR-116, Via Dutra, na Baixada Fluminense, um caminhão com 40 mil munições e 45 armas, entre fuzis carregadores e uma granada. Ia tudo para o Complexo da Maré. Origem: Foz do Iguaçu. A operação fez parte do processo de intervenção federal no Rio de Janeiro. Até cães farejadores foram utilizados.

É uma rotina a apreensão de armas e drogas que entram pela nossa fronteira com o Paraguai e vai direto para os morros do Rio de Janeiro. Uma das principais questões levantadas na intervenção do Exército na Segurança carioca foi a fronteira brasileira, ou paranaense, onde passa o contrabando que alimenta o crime em todo o país.

Mas o governo Beto Richa age como se o problema fosse apenas da Polícia Federal e do Exército, instituições constitucionalmente encarregadas pela vigilância nas fronteiras, e não uma questão pela qual o governo do Paraná também é responsável. Até agora não se ouviu uma palavra do governador ou do secretário de Segurança sobre o assunto.

Acompanhar o processo de intervenção no Rio de Janeiro no que diz respeito, especificamente, sobre a fronteira Brasil-Paraguai é função básica também do governo estadual. Justamente porque os carregamentos de armas e drogas que atravessam os mais de 700 quilômetros de estradas dentro do Paraná são potencialmente um perigo para a segurança dos paranaenses. E qualquer intervenção na fronteira em Foz do Iguaçu atinge o Paraná como um todo.

Pelo jeito, o governador Beto Richa, que tem especial apreço pelos hotéis de luxo de Foz do Iguaçu, onde passa feriados prolongados com a família, só viu até agora o lado prazeroso da fronteira.

2 COMENTÁRIOS

  1. Todos sabem que o Betinho não é muito chegado no batente, mas colocar na conta dele essa questão do tráfico de armas e drogas pela fronteira beira o ridículo. Tem é que cobrar do governo federal que crie uma barreira intransponível para acabar com essa desgraça usando para isso a Força Nacional e, se precisar, o Exército. PF e Receita Federal não dão conta. A tecnologia hoje disponível daria condições de vigilância! Basta vontade e força política, mas com nosso representantes no Congresso não vamos a lugar algum!

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