O momento se prenunciava histórico: embora não tivessem perdido os laços de fraternidade e admiração recíprocas, os irmãos Alvaro e Osmar Dias pareciam caminhar para o rompimento político – um candidato a presidente da República pelo Podemos, outro, candidato a governador pelo PDT. Até porque o PDT tem candidato próprio à presidência, Ciro Gomes, a convivência política entre eles estava ameaçada.
E ficou ainda mais ameaçada quando Alvaro Dias deu um ultimato a Osmar Dias para que este deixasse o PDT e se filiasse ao Podemos – única condição, afirmou Alvaro, para que se estabelecesse apoio mútuo entre os dois.
Osmar Dias, no entanto, disse um “não” definitivo ao irmão. Avisou-o que não haver hipótese de filiação ao Podemos e que, permanecendo no PDT, vai procurar construir alianças do tamanho que lhe seja possível, e em campo claramente oposto aos grupos políticos que hoje circundam Ricardo Barros e sua mulher candidata ao governo, Cida Borghetti; o candidato do PSD Ratinho Jr. e, de quebra, também distante do grupo de Beto Richa – quase tudo a mesma coisa.
O que não significa fazer oposição a Alvaro na disputa presidencial nem atrapalhar o projeto deste de obter no Paraná a maior votação entre os candidatos ao Planalto.
A junção das duas situações – isto é, Osmar ser oposição no Paraná e ao mesmo tempo apoiar Alvaro, e este, por sua vez, não querendo ter contra si Ratinho, Cida, Ricardo Barros e Beto – é a nova realidade, aparentemente contraditória, com que lidam agora os dois irmãos.
Estão conversando e muito próximos de uma solução que poderá levá-los a uma convivência pacífica e proveitosa para ambos.
Aguardem os próximos capítulos.