Agricultores denunciam que INSS não faz mais perícias no sudoeste do Paraná neste ano

 

Quem depende de perícia médica do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) nos 42 municípios do Sudoeste do Paraná, procedimento necessário para obtenção de benefícios previdenciários a que o trabalhador tem direito, como o auxílio-doença, não consegue mais agendar atendimento neste ano de 2022. A denúncia foi feita pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Paraná (Fetraf-Paraná), durante a realização da Caravana Estadual da Agricultura Familiar em Dois vizinhos, com a participação de cerca de 600 sindicalistas.

“É uma vergonha, humilhação, um absurdo isso que está acontecendo: perícias médicas levam mais de meio ano para serem agendadas”, reclama o presidente da Fetraf-Paraná, Elizandro Krajczyk. “O estado brasileiro não está servindo ao seu povo, que não pode ter o direito de se afastar do trabalho por motivo de doença, pois fica também sem o amparo para ter como sobreviver. Causa muita indignação que nossa gente, que planta o alimento e a riqueza deste país, tenha de passar tamanha humilhação”, reclama. O assessor jurídico da entidade, Geonir Vincensi, também aponta a descaracterização de agricultor familiar que vem sendo praticada e que tem prejudicado produtores rurais na hora de reivindicar seus direitos previdenciários. “A Justiça Federal, que recebeu os processos do INSS após a reforma feita no governo de Jair Bolsonaro está descaracterizando o conceito de agricultor familiar e de trabalhador rural diarista”.

O presidente da Fetraf-Paraná criticou no encontro também o descaso do governo com a agricultura familiar. “Nos sentimos abandonados neste momento, sabendo da importância do segmento produtivo da agricultura familiar para o país e para combater a fome e o empobrecimento da população”, disse. “Com apenas 15,5% do orçamento do Plano Safra (2021/2022) e trabalhando em 24% das áreas agricultáveis, nós produzimos, com diversificação, 70% dos alimentos que chegam à mesa da população e respondemos por cerca de 40% do PIB Agropecuário. O agronegócio, com 76% das terras, abocanha quase 85% do orçamento do Plano Safra”, compara. (De Assessoria de Imprensa)

 

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