Advogado paranaense que grampeou Moro tem contrato milionário no governo Witzel

O blog O Antagonista apurou que o advogado paranaense Roberto Bertholdo foi contratado, no ano passado, pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada em Saúde (Iabas), que tem histórico de denúncias nas gestões de hospitais e UPAs em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O Iabas ressurgiu na imprensa semanas atrás, após fechar contratos emergenciais com o governo de Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, para construir e administrar 1,4 mil leitos de hospitais de campanha, num total de R$ 835 milhões. O caso está sendo apurado pelo Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), que solicitou à Secretaria de Saúde o detalhamento do contrato e um ajuste no valor, segundo blog.

Bertholdo, que ficou conhecido por mandar grampear o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro em 2004, deixou o Paraná e se estabeleceu em Brasília há alguns anos. Ele também foi denunciado por compra de sentenças, atuou como advogado do mensaleiro José Borba e foi conselheiro de Itaipu no primeiro governo do PT.

Roberto Bertholdo possui um luxuoso escritório na Península dos Ministros, em Brasília,onde estão concentradas as residências oficiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, de ministros de tribunais e outras autoridades. Quem assina o contrato com Bertholdo em nome do Iabas é o executivo Antonio Carlos Romanoski, ex-presidente da Sundown Motos e da Companhia Paranaense de Energisa (Copel), de 1979 a 1983.

Condenação – O advogado Roberto Bertholdo, que já trabalhou para vários políticos, como Tony Garcia e os supostos mensaleiros José Janene e José Borba, foi condenado em 2004 a cinco anos e três meses por mandar grampear o telefone do gabinete do juiz federal Sérgio Moro, da 2.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, especializada em lavagem de dinheiro. Além da pena de prisão, ele terá de pagar multa de cerca de R$ 576 mil. Ainda é possível recorrer da decisão. Na época, ” advogado curitibano Sérgio Renato Costa Filho o acusou de seqüestro, tortura, e extorsão.

Em 2006, “O Ministério Público Federal acusou formalmente Bertholdo de tráfico de influência por oferecer proteção contra a CPI do Banestado a Luiz Antonio Scarpin (sócio da casa de câmbio Brasil Sul) que, segundo as investigações da CPI, faria parte de um esquema de remessas ilegais de dinheiro que envolveria ainda o banco paraguaio Integración e o brasileiro Araucária. Os fatos teriam ocorrido em 2003. De acordo com a denúncia do MPF. (Com informações de O Antagonista).

 

1 COMENTÁRIO

  1. Isso é como a Lei da Gravidade.

    Existe a atração entre este tipo de politico, operadores da politica na verdade, que é impossível de se evitar. A pilantragem acaba sempre se reunindo.

    Recruta Zero e Dick Vigarista estão comprovando a tese todo dia.

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