A difícil convivência entre a família e o poder

(por Ruth Bolognese) – O ex-governador Jayme Canet Junior, já falecido, gostava de contar a história de como levou toda a família para visitar o Palácio Iguaçu, pouco antes de assumir o cargo, indicado pelo governo militar. Depois de percorrer as dependências do Palácio, acompanhado da mulher, dona Lourdes, dos filhos, noras e netos e alguns primos e sobrinhos, Jayme Canet reuniu a todos no Gabinete e deu a ordem: “Pois bem, agora que vocês conheceram tudo, viram tudo, quero que saibam que é a última vez que passam por aqui durante meu período de governo”.

E assim foi. Canet nunca nomeou nenhum parente e nem permitiu que qualquer membro da família participasse de qualquer negócio com o mundo oficial. Seu período de governo é considerado até hoje como um dos mais importantes e competentes que o Paraná já teve.

A família de qualquer homem público é um desafio constante, mais ainda quando há filhos adultos e que atuam na política, como acontece agora com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Além da importância que têm, emocionalmente, na vida do próprio pai, os filhos ocupam um lugar privilegiado e sem concorrência, mesmo em se tratando de assessores antigos ou super ministros, o do acesso sem limites, tanto no local de trabalho como em casa. E filhos, ou mesmo a esposa, se empoderam junto, rapidamente.

No caso de Bolsonaro, seu filho Eduardo, eleito deputado federal com a maior votação da história, já criou mais problemas do que a facada. Expôs o Supremo Tribunal Federal em constrangimento e levou o nome do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, num papelzinho e o pai aceitou. O que veio depois é isso que aí está e já se fala de uma meia volta, volver, de novo.

Para o novo presidente, pelo jeito, a grande tarefa será domar os próprios filhos e a influência deles no governo. E tem gente que achava que o maior desafio do Capitão seria conter as Forças Armadas brasileiras.

8 COMENTÁRIOS

  1. Gente qual o problema de vcs? JaJestao cansados de ser vidraca? A brincadeira nem começou! É assim que funciona: quando a esquerda estava estabelecendo as políticas, vc eram oposição e nada prestava, até o que era bom

    Agora vcs são situação e nada presta e 61% da população vai jogar pedra ate cansar, aí reveza e começa de novo. E sim, idolatria.

    E na falta de argumentos sólidos, vcs chamam o lula, o PT. Come on, arrumem uma justificativa: digam algo relacionado ao seu amado presidente… não dá pra chamar o lula para ser responsabilizado pelo fato do filho do Bolsonaro querer fazer parte do Mossad….

    Vcs tem que se acostumar a debater com o pessoal que está no cenário…vão pra casa e treinem um pouco e voltem mais sólidos e com melhores desculpas esfarrapadas para justificar esse pseudo governo estapafúrdio

    E não confundam jornalismo com partidarismo…nenhum jornalista no pais e no exterior está perdendo a comédia, não faz igual o chefe de vcs pq censurar a imprensa é muito feio

    Antes vcs reclamoes tivessem se gabando de ter eleito alguem decente, eu teria muita vergonha de estar hj na posição votei para a era Taurus, pois isso aí vcs vão ter que falar baozinho, para os netos nem saberem.

  2. Onde está o dinheiro que o Lula roubou?
    O do Aécio ja sabemos, do Paulo Preto continua em sigilo, assim como o do Serra e seus milhões, do Robson Marinho a imprensa se nega a comentar. E assim os verdadeiros ladrões vai sendo poupados.
    Só para lembrar o filho de Luka ganhava muito como preparador físico que foi do Palmeiras e do Corinthians.

  3. Aqui neste blog tudo é pretexto para criticar os que, democraticamente, ganharam as eleições. Critica-se Bolsonaro, Ratinho… mesmo que para isso tenha-se que buscar em um baú do passado o exemplo de um governador eleito sem a participação direta do povo. Mas Lula ladrão é poupado…

  4. Poxa Dna. Ruth, fala da cria que limpava fezes de elefante e virou milionário sob as graças do pai ladrão, presidente e agora preso?! Fala da prática de um presidente que possuía, além da esposa duas amantes e tudo sob as graças do partidão. Impressionante o quão torta a boca torna o comunismo.

  5. Jayme Canet foi uma referência para o estado do Paraná, sem dúvida. Lembrar que enquanto todos estavam deslumbrados com a neve que caía em Curitiba, ele já estava ligando para o presidente da República, solicitando auxílio porque anteviu (ou foi avisado) do pior, que foi a destruição da agricultura do estado no dia seguinte. A nomeação dele foi um dos poucos acertos do governo militar, o mesmo que na mesma época nomeou o Maluf em São Paulo…

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