Um dia depois de a Organização Internacional do Trabalho (OIT) criticou a portaria que fragiliza a fiscalização de trabalho escravo no Brasil, e no mesmo dia em que a ONU também divulgou condenação, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) defendeu a portaria.
Para a entidade, a portaria traz segurança jurídica por definir com mais clareza os parâmetros para o trabalho forçado, e evita que “empresas sejam acusadas injustamente, em função de posições subjetivas e até ideológicas de fiscais”, diz o comunicado, publicado nesta sexta-feira (20).
Embora a maior parte das denúncias de trabalho escravo se concentre na área da agricultura – razão pela qual a bancada ruralista se sentiu grata ao presidente Temer – nenhuma entidade do setor agropecuário do Paraná, maior estado produtor agropecuário do país, emitiu qualquer opinião. Nem a Federação da Agricultura (Faep), que representa o patronato rural, nem a Federação dos Trabalhadores na Agricultura. Nem contra nem a favor.
Também não se sabe o que pensa sobre o assunto o secretário estadual de Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, deputado Artagão Júnior.
Já a Câmara de Vereadores de Curitiba vota na segunda-feira (23) projeto que amplia a proteção aos animais. Na lei existente deste 2011 está inscrito num dos incisos que é devem ser punidas pessoas que obrigarem animais “a trabalhos excessivos ou superiores as suas forças e a todo ato que resulte em sofrimento, para deles obter esforços ou comportamento que não se alcançariam senão sob coerção.” O que está muito certo.