Uma das três sugestões ao Executivo acatadas na sessão desta terça-feira (12) da Câmara Municipal propõe à Prefeitura de Curitiba que implante projeto-piloto em que galinhas são usadas na redução dos resíduos orgânicos. Segundo o autor da indicação de ato administrativo ou de gestão, o vereador Goura (PDT), estima-se que um animal seja capaz de consumir até 200 kg de restos de alimentos por ano.
Ele defendeu que a iniciativa já ocorre em cidades de diferentes países, como Estados Unidos, Bélgica e França. Na França, cidade de Colmar, Goura informou que o lixo alimentar foi reduzido em 80 toneladas, em 2015, com o uso das galinhas para o consumo de resíduos orgânicos. Até o presidente da França, Emannuel Macron, “adotou” dez galinhas que cria no Palácio Elisées.
“As prefeituras das cidades distribuem de duas a três galinhas aos habitantes e as pessoas assinam termo de compromisso em que devem aderir ao projeto e seguir as regras”, declarou. Ainda de acordo com o vereador, os animais ainda podem gerar alimento, com a produção de ovos, e reduzir a população de insetos indesejáveis, que eles também consomem. “As galinhas também são ótimos animais de estimação”, pontuou. Os estudos sobre a implementação do projeto-piloto, completou ele, poderiam ser desenvolvidos pelas secretarias municipais do Abastecimento e do Meio Ambiente.
Em aparte, o vereador Geovane Fernandes disse que a proposição na fala o que fazer dos galos e também pergunta o que se pode fazer com a choca dos ovos.
Criar galinhas é mesmo uma boa saída, mas há contratempos que devem ser previstos e tratados. Limitar o número de galináceos por unidade habitacional. A prefeitura deve dispor a ave ao morador, mediante treinamento de como lidar com o bicho é o que ofertar a ele e o que fazer com seus escrementos e restos, após abate. Não é ruim nem, mas não deve ser de qualquer jeito para não sair o tiro pela culatra. Ele que chame os cursos de zootecnia da PUC e da UFPR para darem suporte ao projeto de ponta a ponta.
Este projeto ainda que seja amador é o princípio de uma discussão que se faz necessário. O lixo orgânico em mãos adequadas poderia se transformar em usinas de energia e adubo. No entanto, a máfia do lixo impede tal evolução, visto que a taxa do lixo, bilhões de reais, alimenta um sistema que gera dúvidas em todos nós. A lei de transformação e reciclagem está em vigor, porém, as gestões das cidades tem ciclo curto, e para piorar nas mãos de políticos ambiciosos, o lixo fica em último plano. Usar galinhas para uma cidade que gera toneladas de matéria orgânica, como se estivéssemos na idade média.
A humanidade vai ter que aprender a viver como antigamente ou corre um grande risco de tornar a terra inabitável, tem que parar com o mimimi de que não pode vender produtos a granel para se evitar embalagens!!!! Parabéns vereador independente da sua posição política projetos assim precisam de espaço!!!