A juíza federal Gabriela Hardt já pode sentenciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desta vez, no processo envolvendo o sítio Santa Bárbara, em Atibaia. Nesta segunda-feira, 7, às 23h25, faltando 35 minutos para o fim do prazo, foram entregues as últimas alegações finais. No documento, Ministério Público e réus apresentam memoriais e fazem seus derradeiros apelos à magistrada.
Às 15h47 desta terça-feira, 8, os autos chegaram às mãos da juíza para sentença, segundo consta nas movimentações do processo digital. No processo, o ex-presidente é acusado de receber supostas propinas de R$ 1 milhão das empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahin. O valor corresponde às reformas bancadas pelas empresas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia. O imóvel está em nome de Fernando Bittar, filho de Jacob Bittar, ex-prefeito de Campinas e amigo do petista.
Em alegações finais, Lula nega a acusação e afirma ter sido perseguido tanto por Sérgio Moro, quando exercia a magistratura, quanto por Gabriela Hardt.
Já seus delatores, como Marcelo Odebrecht, Emílio, e outros agentes da empreiteira, pedem o reconhecimento da eficácia de suas colaborações e que sejam aplicados os benefícios previstos em lei.
Léo Pinheiro, da OAS, que também incriminou Lula em depoimento, também requer o reconhecimento de que colaborou e pede atenuantes de pena. Outros executivos da empreiteira, Agenor Medeiros e Paulo Gordilho, pedem absolvição e negam participações em ilícitos.
Segurança de Lula, Rogério Aurélio Pimentel também pediu para ser absolvido e rechaçou a acusação de lavagem de dinheiro. No entanto, afirmou ter tocado as obras do sítio e recebido envelopes de dinheiro para bancar as obras.
Fernando Bittar, dono do imóvel, pediu para ser absolvido, mas disse não ter pago pelas reformas.
Também acusados, José Carlos Bumlai e Roberto Teixeira, negaram as acusações.
Já a Operação Lava Jato reiterou pedidos de condenação para todos os acusados e afirmou que ‘farta prova documental’ põe Lula como ‘proprietário de fato’ do sítio.
Além da ação do sítio, Lula também já pode ser sentenciado no âmbito do processo em que é acusado de propinas de R$ 12,5 milhões da Odebrecht, por meio de um terreno onde supostamente seria sediado o Instituto Lula e o apartamento vizinho à sua residência, em São Bernardo. (Informações do jornal O Estado de S. Paulo)
Como anda rapido esses processos contra o Lula. O processo daquele fazendeiro, ex prefeito de Unaí, que mandou matar 5 funcionários do Ministério do Trabalho em 2003, ainda não está nem na metade.