Soco no Boca Aberta volta para a 1.ª instância

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para a primeira instância uma disputa entre o deputado federal Émerson Petriv, o Boca Aberta (Pros-PR), e Amauri Cardoso (PSDB-PR), vereador de Londrina, no Norte do Paraná.

No final de março, na saída de um evento sobre saúde no município, Boca Aberta perseguiu Amauri por uma rua, questionando-o por que havia votado a favor do aumento do IPTU na Câmara Municipal. O vereador, então, virou-se e deu um soco no nariz do parlamentar federal, que começou a sangrar.

O caso começou na Justiça Estadual em Londrina, mas chegou ao Supremo pelo entendimento de que Boca Aberta, na condição de deputado federal, teria direito a foro privilegiado. Lewandowski, no entanto, concordou com o posicionamento da Procuradora Geral da República (PGR) de que a briga não teve relação com o mandato do parlamentar. A decisão do ministro foi tomada no dia 28 de maio e foi revelada pelo site Congresso em Foco.

“A conduta imputada ao querelado não teria sido praticada em razão do exercício de suas funções de Parlamentar”, anotou Lewandowski. O ministro mostrou, em seu despacho, que Boca Aberta não estava no evento – a 14ª Conferência Municipal de Saúde da Comarca de Londrina – na condição de congressista e sequer havia sido convidado oficialmente, segundo os organizadores informaram à PGR. Com a decisão, o caso foi devolvido ao tribunal de origem no Paraná.

A briga aconteceu no dia 23 de março.  Imagens divulgadas na internet mostraram o momento em que Amauri acertou um soco no nariz de Boca Aberta e o deixou ensanguentado. Na sequência, ainda sangrando, o deputado continua confrontando o vereador, e ambos trocam acusações de serem covardes.

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