O patriarca da família Gulin, Donato Gulin, deve ser o próximo a firmar um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Riquixá, que investiga fraude em licitações de transporte público em vários municípios.
O MPF trabalha para que Donato não tenha outra opção.
As informações de Donato tendem a atingir pessoas muito próximas ao governador Beto Richa, que era prefeito de Curitiba na época em que se desenrolou a licitação na Capital. A família Gulin foi a grande vencedora do certame.
Em delação premiada, o advogado Sacha Reck – que representava o Sindicato das Empresas de Transporte de Curitiba e Região (Setransp) – apontou que um núcleo ligado ao então prefeito Beto Richa (PSDB) intermediou a inclusão no edital de itens que teriam favorecido as empresas de ônibus, a pedido dos empresários.
O advogado Rodrigo Sanchez Ríos, apontou, no entanto, que “é preciso ressaltar que as empresas do Grupo Gulin são atuantes há décadas no transporte público em diversos locais do território nacional, sempre desenvolvendo suas atividades profissionais com ética e lisura, no marco do princípio constitucional da livre iniciativa”.