Pedágio popular e empresas públicas a serviço da população. Esses foram temas de destaque da entrevista do candidato ao governo do Paraná Roberto Requião (PT) para o Grupo RIC, na manhã desta quarta-feira (31).
Requião relembrou a luta que travou contra os aumentos das tarifas de pedágio quando foi governador. “Fui governador e por 42 vezes eu recusei o aumento, mas as pedageiras iam para a Justiça. O Ministério Público do Paraná dava parecer favorável ao aumento, contra o governo e contra o povo. Eu hoje acabaria com as concessionárias de uma forma absoluta. Porque houve aumentos de tarifas em cima de obras que deveriam ser construídas e não foram, com o silêncio do DER, com o silêncio da Agência Reguladora, e com o silêncio do governador”, disse o candidato.
A proposta dele é manter um pedágio de manutenção com tarifa baixa, suficiente para cobrir serviço de resgate e poda de mato. As obras necessárias serão realizadas com orçamento do governo. “Na minha visão, tem que acabar de vez com pedágio porque pagamos impostos. Mas, em um primeiro momento, a tarifa de manutenção seria implantada, porque não sei como estão as finanças do Estado.”, explicou.
Ele ainda falou sobre os motivos que o fizeram ser novamente candidato ao governo. “Entrei nesse jogo porque hoje nós não estamos disputando uma eleição. Estamos disputando o futuro do Brasil. De um lado o Ratinho, elogiando o Guedes e a exploração das populações, dando R$ 17 bilhões em isenções fiscais para mega empresas. E, do outro lado, o Lula, que tem uma visão solidária das pessoas e se identifica com a população. O Lula hoje é a garantia de que nós vamos mudar o Brasil”, disse.
Na opinião do candidato, a população está compreendendo que o liberalismo econômico prejudica o povo, as nossas empresas e não dá certo no mundo. Por isso, quer retomar as empresas públicas trabalhando a favor do povo. “Criei a Ferroeste com o Exército e fundei a Compagás. Eles querem vender. O povo não está incluído nesse negócio.”, comentou. Ele afirmou que acabará com o modelo de Copel e Sanepar voltado para os acionistas, com geração de lucros e tarifas altas. Assumindo o governo, trocará os dirigentes dessas empresas, devolvendo o caráter público delas.