Quadro Negro: quem comandou e quem articula

(por Ruth Bolognese) – São dois os homens do governo Beto Richa que se transformaram nos personagens principais da Operação Quadro Negro, aquela em que o Ministério Público encontrou desvios de R$ 20 milhões de reformas e construções de escolas. O MP denunciou o uso dos recursos na campanha de reeleição.

O primeiro foi responsável pela lavagem, pura e simples, do dinheiro, através de um empresário, dono de postos de gasolina e incorporador de imoveis de Curitiba. O MP traçou a trajetória completa desse personagem e sabe que, ao fisgá-lo, todos os demais vão cair como dominó.

O segundo personagem é o responsável pela estratégia de ganhar tempo: embaralhar o processo, com a inclusão de gente que cumpriu sua função corretamente. Envolver como culpado, por exemplo, o ex-presidente da Fundepar, Jaime Suniê Neto, é parte dessa articulação.

Pode dar certo por um tempo. Mas o MP tem gravações de vídeos e áudios que poderão colocar tudo em pratos limpos. Por enquanto, a defesa do principal delator, Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor Construtora, através da qual foi montado o esquema dos desvios, se mantém em silêncio estratégico.

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