A dívida de Manguinhos no Paraná

O governo de São Paulo acaba de pedir à Justiça que transforme em falência a recuperação judicial da Refinaria de Manguinhos, aquela cujo proprietário se chama Ricardo Magro, conhecido por sua proximidade com Eduardo Cunha.

Manguinhos tem passagem conturbada no Paraná. Ela se instalou em Araucária depois de ter sido “expulsa” do Rio de Janeiro e de São Paulo em razão das dívidas bilionárias com o fisco dos dois estados. Fora irregularidades outras envolvendo até a adulteração de combustíveis.

Só em São Paulo, Manguinhos deixou de pagar impostos de quase R$ 2 bilhões. E já foram esgotadas todas as medidas para que a empresa quite por bem a dívida. A alternativa é declará-la falida para que o estado se habilite a ser ressarcido (pelo menos em parte) com o patrimônio da refinaria.

No Paraná, a situação não é muito diferente. Aqui, Manguinhos se instalou em 2011 favorecida por influentes lobistas que circulavam por gabinetes decisivos do governo estadual, incluindo parentes distantes e deputados. Não adiantou trocar o nome para Refinaria Gasdiesel Distribuidora para que, já no primeiro ano de funcionamento, tenha acumulado um débito de ICMS da ordem de R$ 250 milhões na Fazenda estadual. Corrigida e somada à sonegação persistente, a Manguinhos já deve ao Paraná mais de R$ 1 bilhão.

Pergunta-se: o que faz o governo do Paraná, que alega pindaíba para não pagar ou ameaçar direitos a servidores, para se ressarcir dos prejuízos que Manguinhos lhe deu?

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui