A suposta pressão que o procurador-geral de Justiça do Paraná, Ivonei Sfoggia, estaria exercendo para travar as providências judiciais contra agentes públicos suspeitos de improbidade administrativa, está gerando mal-estar dentro do Ministério Público. Não chega a ser um motim, mas procuradores e promotores dizem sentir-se coletivamente desprestigiados em razão do afastamento do colega Carlos Alberto Choinski das investigações relativas à Operação Quadro Negro.
Ao longo dos últimos dez meses, concluídos praticamente todos os trabalhos de tomada de depoimentos e reunidas provas e documentos suficientes, o procurador-geral estaria embaraçando os passos seguintes, que seriam os de propor ações cíveis contra as autoridades identificadas como autoras de atos de improbidade.
É de atribuição exclusiva do procurador-geral a proposição de ações contra o governador Beto Richa e o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano, o que ele não fez até agora apesar de ter em mãos o inquérito conduzido pelo Gepatria (o grupo do MP que trata de improbidade administrativa).
Na esteira desses dois processos principais e, em razão da conexão dos atos que os envolvem com a atuação de outros agentes públicos, deveriam ser também propostas ações contra o deputado Plauto Miró Guimarães, 1.º-secretário da Assembléia, e contra o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni.
Por enquanto, apenas “bagrinhos” estão respondendo a processos em quatro varas cíveis de Curitiba, assim como em varas criminais em razão de inquéritos tocados por outro grupo especializado do Ministério Público, o Gaeco.
No âmbito criminal, autoridades com prerrogativa foro estão sendo objeto de inquérito pelo Ministério Público Federal (MPF) e respondem perante o STJ e o STF. À delação já homologada do dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, deve se somar agora a de Maurício Fanini, o ex-diretor da Educação acusado de ter articulado o desvio de recursos que deveriam ter sido utilizados para a construção de escolas. Sua colaboração premiada, já negociada e concluída no MPF, contém dez anexos com detalhes demolidores.
Pelo contrário. Estão é HONRANDO a Curitiba da Lava Jato…
É a oportunidade do Parquet impor-se e, ao menos, fazer jus ao malsinado auxílio-família pago pela sociedade e pelos servidores públicos tão sacrificada por elementos desse governo-família, o pior da história, cujo rastro é de incompetência e improbidade ! É hora Parquet ! Não desonre a Curitiba da Lava Jato !