(por Ruth Bolognese) – A ausência do ex-ministro Euclides Scalco e a presença do governador Beto Richa na Executiva Nacional do PSDB eleita ontem em Brasília são didáticas. Um dos fundadores do partido, junto com os finados José Richa e Mário Covas, e o bem vivo Fernando Henrique Cardoso, Scalco se tornou uma voz discordante dos rumos do PSDB.
Recentemente deu uma entrevista ao jornal Valor Econômico onde foi claro: sem uma grande renovação nas bases e sem atitudes firmes contra os tucanos flagrados em delitos (leia-se Aécio Neves e Cia), o partido não teria futuro nenhum.
Na convenção da Executiva Nacional, que elegeu Geraldo Alckmin como novo presidente, Euclides Scalco não foi homenageado com a presidência vitalícia, homenagem estatutária onde figuram Teôtonio Vilela, José Anibal, José Serra, Pimenta da Veiga e outras antigas lideranças.
Em compensação e sinal dos novos tempos, o governador Beto Richa, foi eleito vice-presidente nacional do partido. Ele tem se mantido à deriva dos grandes debates do PSDB, como o desembarque do governo Temer e a punição a Aécio Neves, com declarações esparsas e equidistantes. E apesar de todas as evidências, o senador Aécio Neves foi ã convenção e teve direito a voto. Nesse momento, é o que interessa à cúpula tucana, liderada por FHC e Alckmin, diga-se.
É o New PSDB.
Alguém avise (eles ainda não se deram conta …): esse partido esfarelou-se, desaparecerá em 2018.