Hoje faz exatamente um ano que o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha está atrás das grades. A bordo de um jatinho da Polícia Federal, chegou a Curitiba dia 19 de outubro do ano passado, já foi condenado pelo juiz Sergio Moro e ainda responde a vários processos em outras plagas. Agora, por exemplo, passa uma temporada em Brasília, onde tem contas a acertar com a Justiça Federal de lá.
Nesse meio tempo, depois de perder a “ajudinha” mensal de Joesley Batista para que não abrisse a boca, resolveu que devia falar. Mas talvez já tarde demais. Até já escreveu centenas de páginas de uma delação, não aceita pela PGR. Tem muito pouco (ou quase nada) a acrescentar além do que Lúcio Funaro, seu operador, já revelou às autoridades. Outros envolvidos também foram mais rápidos do que ele. Então, o que ele tem a dizer já não ajuda o Ministério Público Federal e a Polícia Federal a ampliar as investigações.
Cunha pediu para continuar “residindo” em Brasília, mas a Justiça já negou. Daqui mais um dias, estará de volta ao convívio dos paranaenses.