As notícias que envolvem o ex-senador Osmar Dias, presidente estadual do PDT e pré-candidato a governador do estado, costumam versar sobre a tempo que leva para se definir. Na eleição de 2010, por meses oscilou em torno de duas possibilidades: ou seria candidato a senador na chapa de Beto Richa ou seria candidato a governador por correntes opostas. No último dia do prazo acabou por decidir pela disputa ao governo.
Ele tem explicação para isso: naquele ano, seu irmão, o senador Alvaro Dias, era candidato a vice-presidente na chapa tucana de José Serra. Logo, Osmar não poderia concorrer a cargo em qualquer outra aliança que fosse contrária à candidatura de Alvaro. Na última hora Alvaro foi rifado da vice de Serra e em seu lugar entrou o deputado Índio da Costa, do DEM fluminense.
Osmar viu-se então livre para concorrer ao governo estadual em oposição a Beto Richa. Encabeçou a chapa PDT-PMDB-PT tendo como candidatos ao Senado Roberto Requião e Gleisi Hoffmann. Os dois foram eleitos; Osmar, não.
O que segurou sua decisão foi a candidatura – só desfeita nos minutos finais – do irmão Alvaro a vice.
Em 2018 repete-se o problema: o irmão é agora candidato a presidente pelo Podemos, e Osmar se sente impedido de concorrer ao governo pelo PDT se tiver de apoiar o presidenciável do próprio partido, o cearense Ciro Gomes. Esta é uma decisão que já disse ter tomado: não deixará de apoiar o irmão. Logo, depende de ver aceita uma exigência que fez ao PDT há meses e que repetiu na semana passada ao presidente da legenda, Carlos Lupi, num encontro em Curitiba, para que seja desobrigado de compartilhar palanque com Ciro Gomes. Ainda não obteve resposta, mas conta com prazo até março.
Sob críticas de que se mantém indeciso, Osmar resolveu recorrer à sua página no Facebook para contestar. “Meu problema é ter caráter”, não é indecisão, disse ele.
http://www.oinsultodiario.com/acho-que-sim/
O roteiro de decisões de Osmar Indeciso Dias.
Decide decidir falar que não é justo tascar o dístico de INdeciso nele.
Grande decisão de janeiro.
Esperemos a decisão decidida de fevereiro após o Carnaval.
Depois a decisão indecisa de março esperando a janela da decisão dos outros nos partidos alheios.
Culmina com uma decisão dúbia em 1o de abril desmentida com forte decisão no dia 2.
Já no mês de maio, depois de colocar decididamente um colar de flores na estátua de Getulio Vargas é decidido que em junho decide-se.
E chega junho com a decisão de decidir na Convenção partidária.
Um homem decidido a seguir um calendário de decisões.
Este é Osmar Decidido Dias.