(por Ruth Bolognese) – Pelo jeito os delegados do Paraná não acreditaram na palavra do governo Beto Richa de que, agora sim, vai deslanchar o programa para reformar e construir novos presídios no Paraná. E, pelo jeito, nem o próprio Governo acredita porque Beto Richa não apareceu em Foz do Iguaçu, nesse final de semana, onde teria oportunidade única para falar no III Encontro Jurídico dos Delegados de Polícia. Enviou a vice, Cida Borghetti, para representá-lo.
Na Carta de Foz, os delegados exigem providências imediatas do Governo do Estado para acabar com as superlotações e a manutenção de presos em containers, fatores que aumentam a insegurança em todo o Paraná. A íntegra da Carta está nesse Contraponto.
A verdade é que o governo vem se arrastando na solução da superlotação desde 2013, quando assinou um convênio de R$ 160 milhões com a Caixa Econômica Federal para ampliar e construir 14 novas penitenciárias e abrir quase 7 mil vagas no sistema.
Apenas duas obras estão em andamento – de Piraquara e Campo Mourão – e agora o governo parte para a solução de penitenciária modular. Promete entregar em oito meses 546 novas vagas no complexo de Piraquara ao custo de R$ 35 milhões. Esses recursos fazem parte daquele convênio firmado há quatro anos com a CEF. E para 2018, pretende iniciar a construção de 8 novos presídios em várias regiões do Estado, para chegar as 7 mil vagas prometidas.