O “comunista” do Paraná

(por Ruth Bolognese) – Desde a mais tenra idade o senador Alvaro Dias dava sinais de que era um comunista daqueles que achava o pão da Santa Ceia mal dividido. Mas foi preciso a rara inteligência do Jair Bolsonaro para descobrir que o Paraná tem um comunista mais vermelho do que a bandeira do PCdoB: o ilustre senador Alvaro Dias, candidato a Presidência.

As provas são fáceis de encontrar:

1) Alvaro nasceu em Quatá, Interior de São Paulo. Ninguém sabe o que significa a palavra “Quatá”, mas muita gente desconfia que vem do verbo “Coatar”, ou coagir. Pronto: quem coage por uma ideologia é o quê?
2) Ainda bem jovem, Alvaro foi professor de História em Maringá e aí já deu bandeira demais. Ser professor, e de história, é o principio da rebeldia que sempre acaba em greve, lutas coletivas e o povo unido jamais será vencido. Taí, Bolsonaro!
3) O senador começou sua carreira política no MDB Velho de Guerra, criticando a Ditadura. Epa! Mais comunista do que isso só se ficasse ao lado de Roberto Requião nos palanques do Paraná. E não é que ele se abraçava mesmo com Requião?
4) Alvaro Dias sempre foi um homem bonito, bem arrumado e até hoje aos 74 anos (desculpa lembrar, senador), ele faz tudo para se conservar assim para sempre. Pura fachada: por baixo daqueles ternos bem cortados e dos sapatos italianos se esconde um barbudinho de óculos redondo que canta a Internacional de cor e salteado.
5) E se não bastasse tudo isso, o bravo senador paranaense deixou a social democracia do PSDB para fundar um partido chamado “Podemos”. Ora, quer enganar quem? “Podemos” significa que o proletariado brasileiro também tem direito de chegar lá, virar doutor, visitar Moscou, ter auxílio-moradia, comer três vezes por dia e por aí vai.
6) Finalmente, a constatação que certamente levou Bolsonaro a descobrir o grande segredo de Alvaro e quiçá da família Dias: aquela barba do irmão dele, o Osmar, é uma réplica perfeita de Fidel Castro, aparada em Cuba a cada 45 dias.

Esse Alvaro Dias, hein? Assim ó com Stalin, Lenin e sempre chegado a uma perestroyka.

1 COMENTÁRIO

  1. D Ruth o inconsciente é uma caixinha de surpresas.

    A Senhora percebeu que na sátira que a Sra escreveu , não há nada , mas nada referente à realidade da atuação do senador submarino, aquele que mergulha fundo quando tem problemas na superficie , ou senador satelite, aquele que fica fora da Terra so observando, naquilo que põem a comida na mesa dele, que é a Politica?

    Nenhuma brincadeira com obras do governo ou uma lei no Parlamento. So coisas superficiais.

    E é isso que este cara é. Uma casca a procura de conteúdo. E infelizmente vai descobrir isso do pior jeito que vai ser se expondo ao Brasil inteiro. Vai apanhar da Manoela e do Boulos fácil. Imagina do Ciro e se o Lula estiver, vai ser de dar pena.

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