O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recuou de sua posição de quinta-feira (9) e suspendeu nesta sexta-feira (10) a decisão em que havia destituído os advogados de defesa dos ex-assessores presidenciais Filipe Martins e Marcelo Câmara, réus na ação penal do Núcleo 2 da trama golpista. O magistrado deu prazo de 24 horas para a atual defesa dos dois apresente as alegações finais no processo. Martins é defendido pelo advogado paranaense Jeffrey Chiquini.
Morais havia suspendido os dois advogados sob o argumento de que ambos não apresentaram as alegações no prazo, encerrado na última terça-feira. O ministro considerou que eles tentaram atrasar o julgamento do processo e estipulou que a Defensoria Pública da União (DPU) deveria assumir a defesa.
A defesa de Filipe Martins havia solicitado a suspensão do prazo das alegações finais, com o argumento de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou elementos novos no seu parecer. Depois da decisão inicial de Moraes, o próprio Martins enviou um documento ao ministro pedindo a manutenção da defesa e um prazo de 24 horas para apresentar as alegações, o que foi aceito.