Na investigação que o Ministério Público Federal (MPF) realiza sobre supostas irregularidades na concessão de licença ambiental para a implantação de estacionamento de caminhões em área de Mata Atlântica próxima a Paranaguá, em favor da Green Logística, aparece o nome da empresa que elaborou o EIA/RIMA – estudos nos quais as autoridades ambientais se baseiam para conceder as licenças. A família Richa teria interesses no empreendimento, suspeita o MPF, leia aqui
A autoria do EIA/RIMA é da CIA Ambiental, que tem como um dos sócios a atual secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias. Ela já ocupou o cargo também nas gestões dos ex-prefeitos Beto Richa e Luciano Ducci e agora serve ao governo de Rafael Greca.
Segundo a CIA Ambiental, na área de Mata Atlântica onde seria implantado o estacionamento “nenhuma das espécies inventariadas ou avistadas está ameaçada de extinção ou é considerada de ocorrência rara”. O diagnóstico serviu para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) se “convencer” de que não haveria mal na derrubada de 10 hectares de mata para viabilizar o empreendimento da Green Logística, leia aqui.
O inquérito do MPF, autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), envolve a família do governador Beto Richa. Suspeita-se de que haja ligação societária a família com a Green Logística.