(por Ruth Bolognese) – A professora universitária curitibana Valéria Ghisi fala nesta quarta-feira (10) na sede da OAB/PR, sobre a batalha que vem empreendendo junto à justiça francesa para trazer para o Brasil a filha de cinco anos que teve com um cidadão daquele país.
É um caso inédito e expõe claramente a subserviência da Advocacia Geral da União, AGU, que vem atendendo e obedecendo todas as decisões da justiça da França em detrimento da justiça brasileira. A análise final do Tribunal Regional da 4.ª Região, em Porto Alegre, por unanimidade, determinou que a criança fique com a mãe no Brasil e a Segunda Vara de Família de Curitiba deu-lhe a guarda da criança. Mas nada disso foi suficiente para solucionar o caso e a justiça francesa quer agora que a professora curitibana Valéria contrate advogados especializados na França para entrar com novas ações e fazer cumprir as decisões brasileiras.
Valéria Ghisi foi vítima de violência doméstica por parte do pai da criança, em 2016, denunciou-o junto à polícia francesa e veio para o Brasil, com a filha, devidamente autorizada pelo pai. Logo depois, ele apelou aos termos do Tratado Internacional de Haia e denunciou à justiça francesa o sequestro da criança pela mãe, obtendo decisão judicial para repatriá-la. De lá para cá, uma série de equívocos foram cometidos no âmbito da Advocacia Geral da União, AGU, que sequer levou em consideração o fato de Valéria ter sido vítima de violência doméstica. Desde então ela se comunica com a filha pela Internet e luta em duas frentes: para que a AGU passe a defender, efetivamente, seus direitos como mãe da criança e para que o pai cumpra as decisões judiciais brasileiras.
Todo esse processo será explicado pela professora Valéira Ghisi e seus advogados na entrevista que começa as 14 horas na OAB/Pr.
Difícil o governo francês extraditar uma cidadã nata ( a filha) com estabilidade , endereço e gozando de todos os direitos civis, inclusive contra uma barbárie dessas trazer pra viver em um país onde o conceito de justiça e racionalidade Está se equiparando aos padrões da idade da pedra.
Valéria. Conheço sua luta! Desejo que você logo tenha sua filha de volta. Que teus direitos sejam garantidos. Que justiça seja feita!
Lá vem esse pessoal dos direitos humanos com mimimi de violência doméstica. Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher! Aqui, na França ou em qualquer lugar. É bom jair se acostumando.