O PMDB e o presidente Temer decidiram jogar duro com os infiéis – aqueles deputados que votaram a favor da continuidade do processo no STF. De um lado, o PMDB presidido pelo senador Romero Jucá oficiou (veja ao lado) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que decidiu suspender do partido os deputados Vital do Rego (Paraíba), Jarbas Vasconcelos (Pernambuco), Vitor Valin (Ceará), além de Laura Carneiro, Sergio Zveiter e Celso Pansera (os três do Rio de Janeiro).
De outro, Temer mapeia cargos ocupados por indicados de todos os parlamentares da base que votaram contra ele. Os atuais ocupantes serão substituídos por apadrinhados de deputados que votaram a favor.
Embora Roberto Requião (foto), por ser senador, não tenha votado, continua na mira das represálias do Planalto e do partido em razão das críticas cada vez mais fortes que tem feito ao governo. Romero Jucá já o ameaçou de expulsão do PMDB e, anteontem, dois paranaenses fieis amigos de Temer e desafetos do senador foram chamados para conversar com o presidente: o ex-governador Orlando Pessuti e o deputado Sérgio Souza. Na pauta, o futuro de Requião.