Greca vai a Ratinho mas sai sem promessa firme de ajuda no transporte

Não foi exatamente como Rafael Greca esperava, mas Ratinho Jr não deixou o prefeito “na mão” em relação ao subsídio do governo do estado para o transporte coletivo de Curitiba: ao ouvir o pedido, o governador mandou as secretarias da Fazenda e do Desenvolvimento Urbano, além da Comec, “estudarem” a questão. Em 2018, a prefeitura precisou de um socorro de R$ 71 milhões do governo do estado para manter o serviço com o mínimo necessário para sobreviver.

Da eventual definição em favor da concessão do subsídio e do valor que poderá ser liberado dependerá a fixação da nova tarifa a ser cobrada dos usuários do sistema curitibano. Atualmente, a tarifa do usuário está congelada (desde fevereiro de 2017) em R$ 4,25, mas a tarifa técnica – aquela que a Urbs paga às concessionárias – está em R$ 4,71. A diferença é coberta pelos subsídios.

A expectativa é que, se o estado não injetar recursos, é de que a tarifa do usuário venha a ser fixada em cerca de R$ 5,00. O cálculo certo só será conhecido em 26 de fevereiro, quando vence a data-base de reajuste salarial de motoristas e cobradores, cujo montante representa metade do custo do sistema, mas sobre isto também deverão ser acrescidos o índice inflacionário e as variações de preço de combustíveis, peças e da renovação da frota.

Afora ouvir a promessa de que o governo vai “estudar” a liberação do subsídio, o prefeito Rafael Greca saiu do gabinete do governador também com sugestões para melhorar o transporte coletivo de Curitiba. Ratinho insistiu em algumas ideias que ele próprio, quando candidato a prefeito em 2012, defendeu na campanha: criação de tarifas diferenciadas, de acordo com os horários do dia; adoção do VLP (Veículo Leve sobre Pneus) em toda a extensão da Linha Verde e medidas para oferecer mais conforto e atrativos aos usuários, como a disponibilidade de Wi-Fi nos ônibus.a”, afirmou o prefeito Rafael Greca.

5 COMENTÁRIOS

  1. É imenso o benefício social para a mais de 30 % da população paranaense. O subsídio representa um custo benefício social inquestionável. Não importa ONDE estão os paranaenses, mas a abrangência da medida, com valor inexpressivo no orçamento estadual. O resto é política e “negociações”, em uma situação em que a decisão inclui o povo como massa de manobra. Façam isto, antes de sair por aí cuidando de aeroportos ou de ferrovia para Antofagasta ! Resolvam logo isto !!

  2. Ricardo com razão. Greca está entre a cruz e a caldeira. Refém dos contratos espúrios do tempo do prefeito e depois governador Richa (pior prefeito e governador de todos os tempos, diga-se) precisa do subsídio para nao aumentar a tarifa. Em vez de se procurar a responsabilização dos ímprobos gestores desde Richa (exceção a Fruet q não teve subsídio) vai-se ao dinheiro público estadual para empurrar com a barriga os malsinados contratos de transporte público lesivos ao contribuinte. Se Ratinho Jr é o novo, como se o apregoa, deverá negar o subsídio. E ponto final. Vamos aguardar, então.

  3. Acho errado o estado do Paraná subsidiar transporte público em Curitiba e região metropolitana. Afinal, por que os habitantes de Irati, Candói, Telemaco Borba, por exemplo, deverão ajudar a custear as passagens de ônibus daqui? Se o sistema não consegue mais se sustentar só com os preços (já elevados) das passagens, que seja repensado, incluindo aí a possibilidade de que sejam encerrados pacificamente os atuais contratos e realizada uma nova licitação, aberta à participação de mais empresas de fora de Curitiba. Tá. Eu sei que essa última possibilidade é muito remota, mas quando se chega ao ponto em que é mais barato duas ou três pessoas pagarem Uber ao invés de usar ônibus, é sinal de que o sistema todo pode estar com os dias contados.

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