Greca: não tem ônibus novo porque a Justiça impede

Não chega a ser surpreendente a afirmação de Rafael Greca de que não foi possível ainda iniciar a renovação da sucateada frota de ônibus de Curitiba porque a Justiça o impediu até agora. Para quem conhece o tom humorístico-bravateiro do prefeito, esta afirmação se enquadra no estilo.

A história real é a seguinte: em 2013, quando o então prefeito Gustavo Fruet decidiu extirpar vários itens da planilha de custos que define a tarifa técnica, as concessionárias ingressaram na Justiça com um pedido para desobrigá-las de comprar ônibus novos em substituição aos que estavam com a data de validade vencida. A Justiça concedeu liminar favorável às empresas. Argumentavam que a tarifa não seria suficiente para cumprir esta cláusula contratual.

Na campanha, Rafael ignorou a existência da liminar e prometeu que em seis meses, no máximo um ano, toda a frota estaria em dia com a obrigação. Tomou posse e um mês depois aumentou a passagem do usuário de R$ 3,70 para R$ 4,25 sob o argumento de que só assim seria possível comprar ônibus novos. “As coisas custam o que custam”, dizia.

A liminar continua vigente e as empresas, claro, protegidas por ela, mantêm ainda mais de um quarto da frota com ônibus caindo aos pedaços, que “incendeiam na subida” como Greca dizia.

O que Rafael está obrigado a esclarecer a população é que não é a Justiça que o impede de cumprir a promessa. Bastaria às empresas desistirem da ação. E por que não fazem isto? Porque até agora não chegaram a um acordo com a prefeitura por razões ainda insondáveis – que nem elas e muito menos o prefeito explicam.

A única coisa que os passageiros entendem é que continuam pagando R$ 4,25, a mais cara tarifa do país, porque o prefeito lhes disse só assim teriam ônibus novos.

2 COMENTÁRIOS

  1. O povo sofre. Mas gosta. Continua votando nos “validade vencida” Eles mentem antes, mentem depois, continuam mentindo.. Aguenta povão !!! Relaxa e gosta !!!!

  2. Quem sabe um novo almoço no Country Club pudesse resolver a situação.
    Agora o máximo de ontem foi a frase na declaração do Prefeito por conta do assunto.
    “… eu quero comprar ônibus novo, mas o a justiça me impede. Se o Doutor Desembargador liberar a liminar eu compro…”
    Que coisa não?

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