Foi d. Arlete e não Pepe Richa que comprou terrenos, garante Casagrande

O Ministério Público Federal (MPF) juntou aos autos da Operação Integração I (48.ª fase da Lava Jato) depoimento do empresário Edson Casagrande que pode ser entendido como uma forma de isentar o ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, irmão do ex-governador Beto Richa, da suspeita de que teria adquirido com dinheiro de propina terrenos e galpões em Balneário Camboriú e colocado em nome da mãe, dona Arlete Richa, de 78 anos.

Segundo o depoimento de Casagrande, um dos donos do empreendimento imobiliário, ele ofereceu o negócio à dona Arlete e a levou a Balneário Camboriú. Lá, ela se convenceu de que investimento nos imóveis seria mais rentável do que a aplicação financeira que mantinha em fundos de previdência. Dona Arlete fechou o negócio por R$ 1.250.000,00 – mais barato do que o preço anunciado de R$ 1.400.000,00.

O pagamento foi feito em transação bancária via TED a partir de conta em nome de dona Arlete Richa. Até hoje, no entanto, esclarece Casagrande, “não foi feita escritura pública de compra e venda e nem transferência no registro de imóveis do galpão por opção de Arlete, sendo que o imóvel continua no imóvel da Tradição Empreendimentos Imobiliários Ltda.”, de propriedade de Casagrande.

O depoimento de Edson Casagrande, ex-secretário no governo de Beto Richa, contradiz a delação premiada do ex-diretor-geral do DER, Nelson Leal Jr., que, textualmente, dizia saber que

“JOSÉ RICHA FILHO, em conjunto com ELIAS ABDO e EDSON CASAGRANDE, é sócio um loteamento em Camboriú Balneário Camboriu na Barra Sul; QUE, além disso, o COLABORADOR também sabe que JOSÉ RICHA FILHO adquiriu barracões para locação e também lojas de comércio em Balneário Camboriú; QUE tais imóveis estão em nome da mãe de JOSÉ RICHA FILHO, ARLETE VILELA RICHA; QUE a origem de parte do dinheiro utilizado na compra de tais imóveis e empreendimentos advém do esquema ilícito instalado no Governo do Estado do Paraná”.

O depoimento do empresário Edson Casagrande não confirma a versão de Nelson Leal, segundo se vê abaixo:

7 COMENTÁRIOS

  1. A lei diz que a contabilidade deve sempre estar em dia, se o MP encontrar furo nas transacões irao colocar a senhora idosa como suspeita. Parece que ela entrou com dinheiro bom, mas a diferença aí tem que provar. O que é certo, é que mãe nenhuma merece papel nesse teatro.

  2. Esqueçam Beto Richa, um pouco. Ou publiquem outras coisas. É o dia inteiro falando dos Richa. Sigam o exemplo de blog como O Antagonista, Fabio Campana, etc. a vida desse blog resume-se em Richa e Ratinho. Está simplesmente insuportável. Uma época atrás, era só Wagner Mesquita.

  3. É de lascar ler isso. Primeiro prendem, debulham, demolem a vida dos envolvidos – com base no diz que me disse, com base em delações muitas vezes com trechos fantasiosos.
    Depois aparecem documentos que desnudam as estórias.
    Que confusão!

  4. Casagrande vale uma meia pataca. Como é que tem coragem de colocar uma octogenária na parada criminosa?
    Quem já foi preso?
    Em Foz processado? Em Araucária? Em Curitiba?
    Casagrande ou Arlete?

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