Enxurrada de ações contra coletes vencidos

Depois que este Contraponto revelou em primeira mão, na semana passada, que um delegado da Polícia Civil de Londrina ganhou na justiça indenização de R$ 5 mil do governo por arriscar sua vida por, durante dois anos, ter sido obrigado a usar colete balístico com validade vencida, a Gazeta do Povo revela hoje que dezenas de ações do mesmo tipo tendem a se multiplicar.

<<Colete vencido faz governo indenizar delegado>>

Segundo a Gazeta, em reportagem de Felippe Anibal, “duas associações policiais – a dos Delegados do Paraná (Adepol) e a dos Praças da Polícia Militar (Apra-PR) – foram procuradas por seus representados para prestar assessoria jurídica nas ações indenizatórias”.

O caso dos coletes vencidos veio à tona em 2016, quando uma operação policial localizou 11,2 mil equipamentos que passavam por um “recall”, posteriormente considerado irregular. Testes (como o demonstrado na foto) foram realizados para demonstrar que os equipamentos não resistiam aos disparos.

A Adepol revela que mais de 40 ações indenizatórias individuais estão sendo preparadas por delegados, com assessoria jurídica da associação ou de escritórios parceiros. O diretor-jurídico da Adepol, Pedro Felipe de Andrade, destaca que a maioria dos mais de 400 delegados do estado pôs a vida em risco, ao trabalhar em com os equipamentos vencidos.

Já a Apra-PR fala em mais de 100 ações que já se encontram em fase de elaboração, com apoio jurídico da associação. A expectativa é de que esse número aumente rapidamente. “Devem entrar 50 novas ações por semana, em média. Vai ser muita ação”, acredita o presidente da entidade, Orélio Fontana Neto.

2 COMENTÁRIOS

  1. Esse Fontana e o seu Furquinho são mesmo uns caras que não merecem respeito ou consideração. Tratam o tal Mesquita como amiguinho de balada, homem sorridente e Camarada da classe, mas ao mesmo tempo vem com história de ações contra o Estado. Quem não comprou os coletes foi o tal Mesquita, o dito Falcon Paraguaio. Se o coleguinha Secretário de Insegurança e Anarquia Penitenciária está certo, por que as ações? Quem ganha são os rábulas da AMAI e a da APRA? Vai entender…

  2. Não consigo compreender os dirigentes dessas Associações – APRA e AMAI.
    Ao mesmo tempo em que instiga seus associados a ingressarem com ação judicial de indenização contra o estado por não disponibilizar o EPI necessário e com garantia vigente, defende o principal responsável pela gestão dos recursos da Segurança Pública que dá causa a isso. Totalmente conflitante.
    Ao que parece o limite do caráter de alugmas pessoas esta na submissão do “cara ter” alguma vantagem pessoal.

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