Empresários debatem modal ferroviário no Paraná

Um dos maiores especialistas em transporte do país, Carlos Arthur Mohr, consultor da área na Federação das Industrias, debate hoje o modal ferroviário do Paraná, a convite do presidente do Movimento Pro Paraná, Marcos Domakoski.

Segundo levantamentos de Mohr, o transporte de volumes para a exportação por trens fica em torno de 35% na média dos principais estados, enquanto no Paraná o índice chega a apenas 18%. O nosso modal ferroviário é antigo, moroso e interfere diretamente no custo das exportações locais.

Arthur Mohr vai debater nesta quarta (8), as 18 horas, na Associação Comercial do Paraná, o projeto de implantação de quase 1 mil quilômetros de linha férrea, em dois trechos complementares, entre Dourados, no Mato Grosso do Sul, até o Porto de Paranaguá. “O momento é mais do que oportuno para debatermos o modal ferroviário paranaense: estamos no início da campanha eleitoral e queremos saber o posicionamento dos candidatos”, afirma Domakoski.

No primeiro trecho, a ferrovia deve se estender por cerca de 400 quilômetros, ligando o Porto de Paranaguá a Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná. A ideia é de que haja um novo traçado, paralelo à rodovia BR-277. Com isso, o trecho histórico – entre o Litoral e Curitiba – continuaria sendo explorado para fins turísticos.

O segundo trecho contempla a construção de 350 quilômetros de trilhos, entre Cascavel e Dourados, no Mato Grosso do Sul, passando por Guaíra, no Oeste do Paraná. Com este traçado, a malha ferroviária deve absorver a demanda logística do Paraguai (via Guaíra) e do Mato Grosso do Sul. A expectativa é de que o modal sirva para escoar não só a crescente safra de grãos, mas também da indústria pecuária.

O custo da ferrovia é estimado em R$ 10 bilhões e há grupos de investidores nacionais e estrangeiros interessados em participar do projeto.

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