Durski se desculpa, mas mantém crítica ao isolamento que só prejudica os pobres

O empresário Junior Durski, dono da rede de hamburguerias Madero, voltou nesta terça-feira (24) ao Instagram para pedir desculpas pelo vídeo postado na véspera (veja aqui) no qual afirmou que a economia do Brazil não pode parar por causa da possibilidade de o coronavírus matar de 5 a 7 mil pessoas.

No novo vídeo, reconhece que o “momento é difícil”, que “a gente tem até que tomar cuidado com o que a gente fala” e que quer “deixar claro a minha posição de que eu me incomodo, eu me preocupo muito com cada uma das pessoas que vão morrer, que já estão morrendo com o coronavírus, eu me preocupo com as milhares de pessoas que vão morrer com coronavírus”.

Contudo, Durski voltou a condenar a desproporcionalidade das medidas que estão sendo tomadas para contenção do coronavírus, citando os casos de um hospital especializado em otorrinolaringologia em Curitiba que fechou porque não é considerado essencial, assim como feiras livres que também deixaram de funcionar. Isto prejudica quem pode comer frutas e verduras, mas tem muita gente que não pode. Quem pode ter que ir a supermercado, que não é arejado, quando poderia comprar na feirinha, que é arejada.

“Alguém resolveu fechar a feirinha! Não faz sentido, é desproporcional. Não pensaram nos feirantes; são 50, 60 pessoas em cada feira. Aqui em Curitiba tem 200 e poucas por semana. Então, são milhares de pessoas que quebraram porque fecharam as feirinhas e o feirante ficou com suas frutas e verduras em casa e vão estragar. Ninguém pensou nisso?”

“Não é possível que não pensem nas consequências econômicas. Temos de cuidar das pessoas, isolar. Isolamento é muito bom, mas é bom pros ricos! Eu não estou falando mal dos ricos, eu também sou rico, eu sou um deles. Mas para a minha mãe, que tem 87 anos, ela está segura, sozinha no apartamento dela. Mas e as pessoas que não têm, que estão na favela?”

Durski fez um apelo: “Por favor, não me interpretem mal, não quero dizer nem nunca vou dizer que uma vida não é importante. Cada vida é importante. Nós temos que cuidar, mas vamos cuidar com a mesma intensidade dos ricos e dos pobres. Os pobres não estão sendo assistidos.”

No fim, ele diz: “Me desculpem se alguém me interpretou mal. Eu nunca vou menosprezar uma vida sequer. Me desculpem se eu fui mal interpretado. Eu vou fazer de tudo para ajudar todas as pessoas.”

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