Desembargador federal se afasta dos casos da Lava Jato

O desembargador federal Marcelo Malucelli pediu para se afastar dos casos da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre. Ele éalvo de um processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela relação com a família do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

“Por possuir natureza de cunho estritamente pessoal, constitui prerrogativa do magistrado que, por razões particulares, julga-se suspeito para o livre exercício de sua atividade jurisdicional”, diz trecho do documento entregue por Malucelli à Justiça.

O pedido aconteceu na última quinta-feira (20). Ele era relator da operação em segunda instância, ou seja, o juiz responsável por avaliar eventuais recursos nos casos. O processo do CNJ começou depois de um pedido de prisão contra o advogado Tacla Duran na Lava Jato. Duran tem feito acusações contra Sergio Moro.

A ordem do desembargador teria ocorrido mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender apurações sobre o advogado e fixar que a competência para analisar o caso de Duran seria do Supremo.

A movimentação levantou a suspeita de falta disciplinar por parte do desembargador. Isso por causa da relação de Malucelli com a família do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O juiz é pai de João Eduardo Barreto Malucelli, sócio do escritório de advocacia de Moro e da esposa do senador, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP). A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”. Tacla levou em depoimento à Justiça no último mês acusações contra Moro.

Antes do fim do processo do CNJ, Malucelli entregou ao tribunal pedindo o seu pedido de afastamento do caso. (Do G-1 Paraná; foto: reprodução TRF-4).

 

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