Osmar Dias agradeceu os convites insistentes para se filiar ao Podemos, mas confirmou pela última vez ao irmão Alvaro, nesta quinta-feira (5), que permanecerá no PDT e será candidato ao governo do Paraná pelo partido em que milita há 17 anos.
Até o início da semana ainda corriam boatos de que Osmar teria se rendido aos apelos do senador presidenciável para aproveitar os últimos dias do prazo da janela de troca de partido para anunciar sua adesão ao Podemos e se candidatar ao posto que quisesse, mas preferencialmente ao Senado.
Osmar aproveitou estes dias para fazer a avaliação final e definitiva: 1) não lhe agrada a ideia de concorrer ao Senado (onde já cumpriu dois mandatos consecutivos); 2) seu objetivo é mesmo chegar ao Palácio Iguaçu após duas tentativas fracassadas (2006 e 2010); 3) o Podemos lhe dá menos condições que o PDT para sustentar uma campanha ao governo; 4) no PDT, que já conta com o apoio do Solidariedade, é mais viável construir uma aliança partidária de maior amplitude.
Feitas estas definições preliminares, vai tratar agora de finalizar a montagem de sua equipe básica de campanha. Já entregou, por exemplo, uma das coordenações estratégicas para o ex-deputado Nelton Friederich e reúne especialistas em várias áreas para formular o plano de governo que vai apresentar ao eleitorado durante a campanha.
Enquanto isso, deve aproveitar o tempo disponível até 5 de agosto para fechar alianças com outros partidos, grandes ou pequenos. Entre os grandes (talvez o único) estaria em princípio disponível o MDB, caso o senador Roberto Requião decida não disputar o governo estadual e prefira concorrer à reeleição ao Senado. Avalia, porém, as perdas e ganhos que uma aliança com o MDB, com Requião a reboque, pode trazer à própria campanha.