Até o início da madrugada desta sexta (6) subsistiam dúvidas sobre a atitude que Lula deveria tomar frente à ordem de prisão expedida pelo juiz Sergio Moro – se deveria resistir até o fim ou se entregar pacificamente.
Tão logo soube da decretação da prisão, Lula foi para a sede do Sindicatos dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo. Militantes cercaram o prédio e prometiam até mesmo usar a força para resistir à eventual aproximação da Polícia Federal caso, até às 17 horas de hoje, o ex-presidente tivesse decidido não se entregar voluntariamente em Curitiba, como lhe foi determinado pela ordem judicial.
Lula esteve inclinado a resistir, mas seus advogados procuraram demovê-lo da ideia. Os cálculos eram políticos: valeria a pena promover um ato de resistência à prisão com todas as consequências midiáticas mundiais que provocaria? ou seria melhor se apresentar à PF em Curitiba na hora marcada num gesto de obediência civilizada?
A segunda opção ganhou força nas últimas horas da noite, antes de Lula ir para casa para descansar. Caso seja adotada, o plano é vir para Curitiba de carro, com saída de São Paulo por volta das 11 horas da manhã.