De Moro para Lula: não precisa provar que o sítio não é seu

O juiz Sergio Moro deu um despacho nesta terça-feira que surpreendeu a defesa do ex-presidente Lula. Ao julgar recursos no processo em que Lula é acusado de ter recebido o sítio de Atibaia em troca de favorecimentos a empreiteiras amigas, Moro respondeu num determinado trecho:

Para resolução do caso, não é absolutamente necessário determinar
se Luiz Inácio Lula da Silva era o real proprietário do Sítio em Atibaia, bastando
esclarecer se ele era ou não o real beneficiário das reformas.
Então não cabe a suspensão pretendida. 

Numa tradução livre, Moro quis dizer que não interessa saber se o sítio está em nome de A ou B. O que importa é que todas reformas e melhorias feitas pelas empreiteiras em Itibaia tinham o único propósito de oferecer a Lula os confortos que ele e sua família passaram a usufruir. E que não teriam sido dados caso as empreiteiras não tivessem recebido benefícios.

3 COMENTÁRIOS

  1. Deixa-me ver se entendi: Moro disse que “não é absolutamente necessário determinar se Lula era o real proprietário do Sítio em Atibaia, bastando esclarecer se ele era ou não o real beneficiário das reformas”. Ou seja, não importa sequer se havia ocultação de patrimônio e Lula era o proprietário de fato do sítio. Também não importa, segundo Moro, se “os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-presidente”, como já havia feito no caso do apartamento no Guarujá.
    Traduzindo: Se fizerem qualquer reforma, em qualquer sitio, e seja de quem for, e ele (Lula) usufruir. É CRIME.
    Literalmente foi isso que ele escreveu.
    Isso não é um juiz, é um CANALHA.

  2. Enquanto isso o ladrão mor vai tocando a presidência, devidamente assessorado por ladrões profissionais do dinheiro público. O Aecio pidão continua senador e vários governadores igualmente ladrões como o Sergio Cabral vão tocando a vida. Tá, o Lula foi beneficiado, sim. Mas diante desse quadro não era o caso de considerar a insignificância do mal feito?

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