De Beto a Requião: “não aceito seu dedo sujo na minha cara”

Os primeiros minutos da entrevista do ex-governador Beto Richa, na sabatina que a Gazeta do Povo promove com os candidatos ao Senado, já foram suficientes para mostrar que ele elegeu o senador Roberto Requião como seu adversário preferencial na disputa por uma das cadeiras ao Senado. Mas o melhor sinal foi no final da entrevista, quando fez um desafio público a Requião: “Quero um debate. Não aceito que ele aponte seu dedo sujo contra mim e contra a minha família com denúncias vazias e mentirosas. Quero que ele explique os dólares no armário do seu irmão, a corrupção no Porto de Paranaguá, as TVs laranjas compradas pelo seu outro irmão”.

Antes, ao longo da sabatina, aproveitou todas as oportunidades para comparar o seu governo com o de Requião. Lembrou o velho bordão do “baixa e acaba” que ajudou o adversário a se eleger no primeiro mandato, mas deixou centenas de ações das concessionárias contra o estado e não fez “um palmo” de obras nas rodovias concessionadas, ao contrário de sua gestão em que grandes obras de duplicação, antes suspensas por Requião, foram realizadas.

Centrou fogo no caso do Porto de Paranaguá, que no governo anterior foi administrado pelo irmão de Requião, Eduardo Requião. Havia filas de caminhões e navios, os equipamentos estavam sucateados, dois diretores foram presos. Na sua gestão, contudo, o porto foi modernizado e bateu todos os recordes de movimentação de cargas.