A cronologia do Quadro Negro

Em entrevista à RPC na noite desta segunda-feira (7), o governador falou grosso: não tem nada a ver com os desvios de dinheiro desvendados pela Operação Quadro Negro. Mas reconhece ser amigo do principal implicado no esquema, o engenheiro Maurício Fanini, mas diz que quem iniciou as investigações foi o governo – “por minha determinação”, acentuou, o caso foi parar no Ministério Público e numa delegacia de polícia.

E deixou bem frisado: “Eu não tenho compromisso com o erro de ninguém. Nem de eventuais pessoas próximas ou amigos meus. Quem deve, deve responder e pagar por isso”.

Há, no entanto, controvérsias entre o que diz Beto Richa e o que informam promotores do Ministério Público Estadual. Segundo estas fontes, a cronologia foi: primeiro, uma promotora da Promotoria do Patrimônio Público, recebeu denúncia anônima; em seguida, instaurou procedimento e requisitou documentos a respeito das obras de escolas paralisadas; em terceiro lugar, só após o pânico instaurado, é que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e o Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos (Nurce) entraram no caso, mas com o suposto objetivo de desviar o foco e abafar a crise; em quarto, entrou na parada o Ministério Público Federal (MPF), quando ficou claro que recursos federais também tinha desviados e que agentes públicos com foro especial em Brasília também estavam envolvidos.

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