A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia determinou nesta sexta-feira (18) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue a suposta produção de relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ) na tentativa de anular as investigações do caso das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
A informação de que a Abin ajudou a defesa de Flávio Bolsonaro foi divulgada na semana passada pela revista semanal “Época”.
De acordo com a ministra, os fatos narrados podem configurar “atos penal e administrativamente relevantes como prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, crime de responsabilidade e improbidade administrativa”.
Na terça-feira (15), o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que pediu informações à Abin sobre os supostos relatórios feitos para a defesa de Flávio. Aras afirmou que as suspeitas são graves, mas que ainda não há elementos que justifiquem uma investigação formal. No dia seguinte, os partidos Rede e PSB pediram ao Supremo que Flávio entregue os supostos relatórios.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, responsável pela Abin, e a própria agência enviaram manifestações ao STF nas quais negaram a produção dos relatórios. (Do G1).