O líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou a deputados de seu partido neste domingo (24) que Jair Bolsonaro está convicto de suas atitudes. A declaração veio em meio à crise de relacionamento político de Bolsonaro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e que ameaça paralisar a tramitação da reforma previdenciária.
Em mensagens de Whatsapp para a bancada do PSL, logo após ter se encontrado com o presidente, Vitor Hugo afirmou que Bolsonaro não está disposto a negociar apoio com parlamentares para buscar votos, numa crítica à “velha política”, tema que se tornou o principal ponto de atrito com Rodrigo Maia.
“Nosso presidente está certo e também convicto de suas atitudes. Estive com ele hoje pela manhã. As práticas do passado não nos levaram ao caminho em que queremos estar. Todos nós, em particular do PSL, somos agentes para ajudar a mudar a situação em que nos encontramos”, escreveu o líder no grupo de deputados.
“Todos que nos elegemos nessa legislatura (passamos, pois, pelo crivo das urnas e da população que não aguenta mais…), eleitos e reeleitos, temos a possibilidade de escolher de que lado estar… somos todos a nova política. Não dá mais…”, completou.
Duas postagens em seguida fazem referência a supostas negociações de cargos nos governos Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT) em troca do apoio do Congresso.
A primeira mensagem resgata reportagem do jornal O Globo de novembro de 2017, cujo título é “Para aprovar mudanças na Previdência, Temer autoriza Maia a negociar cargos”.
Parte da troca de mensagens já chegou ao presidente da Câmara e está circulando entre os principais líderes partidários. Elas foram recebidas como “agressões” do líder do governo à política.
Ninguém governa com murros na mesa. Depois o Bozo que não venha reclamar de “conspiração esquerdista” para derruba-lo…
O presidente Bolsonaro não deve ceder aos chantagistas do Congresso, que usam o voto – uma delegação do eleitor, em benefício político próprio. Nem que perca na votação da proposta da Previdência. Seria a continuação da nojenta prática da barganha – voto por apoio, conhecida como Toma lá dá cá. Desde sabe-se quando, em todas as campanhas, todos os candidatos usam as reformas como bandeiras eleitoreiras. No Poder, recolhem-nas. Que o Brasil se lasque com a falência da previdência, justamente para fazer jus ao título de País do Atraso. Os culpados somos todos nós.