Vereadores votam o “Big Brother” curitibano

A Câmara Municipal vota nesta segunda-feira (25), em segundo turno, a Política Municipal de Videomonitoramento de Curitiba – a dita “Muralha Digital” proposta pelo prefeito Rafael Greca. Trata-se de um sistema de câmeras em pontos-chave da cidade, ligadas a programas de reconhecimento facial e de veículos, cujos dados seriam usados pelas forças de segurança pública – uma versão curitibana do Big Brother do clássico 1984, de George Orwell.

O Grande Irmão”, ditador que governava a fictícia Oceânia criada pelo autor inglês em 1948, mantinha a população sob constante vigilância por meio de teletelas, precursoras literárias das câmeras de vídeo e das salas de monitoramento tão usuais atualmente. Em Curitiba, segundo o projeto, a Muralha Digital terá gestão unificada das imagens dos espaços públicos captadas por câmeras de segurança, divididas entre aquelas operadas pelo Poder Público e as instaladas pelos cidadãos, de forma privada, para vigilância dos condomínios e do comércio, por exemplo.

O “Big Brother” é uma boa ideia para garantir segurança nas ruas escuras e despoliciadas, mas há críticas, como a do vereador Herivelto Oliveira (Cidadania), que reclama que da gestão do sistema não fazem parte os conselhos comunitários de segurança existentes em 33 bairros da capital.

Mesmo assim, na primeira discussão, o projeto teve aprovação unânime dos vereadores.

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